Operação no Ceará prende 38 do Comando Vermelho: líder da facção estava solto há apenas 48 horas
Operação prende 38 do Comando Vermelho no Ceará

Parece que a liberdade durou pouco — muito pouco mesmo. Dois dias. Apenas 48 horas separaram a soltura de um suposto líder do Comando Vermelho no Ceará e o seu regresso atrás das grades, numa operação que, diga-se de passagem, foi nada menos que espetacular.

A Polícia Civil cearense executou, na manhã desta quinta-feira (5), uma megaoperação que resultou na prisão de nada menos que 38 integrantes da facção. A ação, batizada de "Operação Fênix", abrangeu nada menos que 13 municípios diferentes — Fortaleza, Maracanaú, Caucaia, Horizonte, Maranguape, Pacatuba, Itapajé, Itapipoca, Paraipaba, Paracuru, Trairi, São Gonçalo do Amarante e Apuiarés.

Mas a cereja do bolo, sem dúvida, foi a recaptura do tal líder regional. O indivíduo, cuja identidade não foi divulgada (óbvio), havia sido solto apenas na terça-feira (3) — e já estava, segundo as investigações, coordenando as atividades criminosas da facção como se nada tivesse acontecido. Aham, sentiu a ironia?

O que a operação revelou

Além das prisões em massa, os policiais apreenderam uma quantidade considerável de material. Estamos falando de:

  • Drogas variadas (muita, muita coisa mesmo);
  • Dinheiro em espécie — porque facção também opera no cash;
  • Veículos usados no transporte ilícito;
  • E, é claro, armas. Muitas armas.

Não foi à toa que a operação mobilizou mais de 200 policiais. A coisa era séria — e, pelo visto, deu certo.

E agora, o que acontece?

Os presos serão encaminhados para audiências de custódia — e, a partir daí, a Justiça decide. O líder, em especial, deve responder por uma lista considerável de crimes. E dessa vez, provavelmente, a liberdade não deve chegar tão cedo.

Resta saber se a operação realmente conseguiu desarticular a facção, ou se é só mais um capítulo nessa guerra sem fim que assola o estado. Mas, por hoje, é uma vitória. E das grandes.