Operação da Polícia Civil do RJ desmantela quadrilha especializada em invadir contas bancárias
Operação no RJ desmantela quadrilha de invasores de contas bancárias

Era um dia comum no Rio de Janeiro até que os agentes da Polícia Civil botaram o pé no acelerador. De repente, celulares começaram a tocar, ordens foram gritadas e portas bateram — tudo ao mesmo tempo. A cena parecia saída de um filme de ação, mas era real: uma megaoperação contra uma quadrilha especializada em invadir contas bancárias.

Os criminosos, que atuavam como verdadeiros hackers de aluguel, tinham um modus operandi que daria inveja a roteiristas de Hollywood. Eles não usavam capuzes ou armas — seu arsenal era digital. Através de técnicas que misturavam engenharia social com falhas de segurança, acessavam contas de terceiros como se fossem os legítimos donos.

Como o golpe funcionava

Imagine receber um SMS aparentemente inocente. Parece legítimo, né? Pois era assim que começava o pesadelo para muitas vítimas. A quadrilha:

  • Clonava chips de celular (sim, aquela coisa que você acha que só acontece com os outros)
  • Acessava e-mails pessoais através de phishing — aqueles links que parecem reais mas são armadilhas
  • Redirecionava ligações para manter o controle sobre códigos de verificação

"Eles eram meticulosos", admitiu um delegado que preferiu não se identificar. "Investimos meses nessa operação porque eles cobriam seus rastros como verdadeiros profissionais."

Os números da operação

Não foi brincadeira. A polícia apreendeu:

  1. 15 celulares de alta tecnologia
  2. Diversos computadores com dados sensíveis
  3. Anotações detalhadas sobre potenciais vítimas
  4. Quantidade significativa em dinheiro vivo

O prejuízo? Calcula-se que os golpes tenham movimentado centenas de milhares de reais — dinheiro que sumiu como água entre os dedos das vítimas.

E o pior: segundo investigadores, essa pode ser apenas a ponta do iceberg. "Ainda estamos rastreando transações", alertou um agente, enquanto digitava furiosamente em um laptop. "Esse tipo de crime deixa rastros digitais que demoramos a decifrar."

Para quem mora no Rio, a notícia traz um misto de alívio e preocupação. Alívio porque parte dos criminosos está atrás das grades. Preocupação porque, convenhamos, quantos outros grupos como esse ainda estão por aí?