Operação Gatonet: Megaoperação contra pirataria digital sacode Salvador e cidades baianas
Operação Gatonet combate pirataria digital na Bahia

Salvador acordou com aquele rebuliço típico de operação policial de grande porte. Antes mesmo do sol raiar, mais de 100 agentes da Polícia Civil baiana já estavam nas ruas, prontos para desmontar um esquema que vinha tirando o sono das operadoras de TV por assinatura.

A chamada Operação Gatonet — sim, o nome é uma alusão óbvia aos gatos da pirataria — mirou grupos especializados em fraudar sistemas de TV paga. E olha que não foi brincadeira: 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Salvador, Lauro de Freitas e Camaçari.

Como funcionava o esquema?

Os investigadores descobriram que os criminosos agiam como verdadeiros "hackers da TV", usando equipamentos de última geração para:

  • Clonar assinaturas legítimas
  • Distribuir sinais piratas através de redes clandestinas
  • Vender pacotes ilegais por preços bem abaixo do mercado

"Era um negócio tão organizado quanto uma empresa de verdade, só que ilegal", comentou um delegado que preferiu não se identificar. Os prejuízos? Calculados em milhões por mês.

O que a polícia apreendeu:

Durante as buscas, os agentes encontraram:

  1. Dezenas de decodificadores modificados
  2. Computadores com softwares específicos para a fraude
  3. Listas com centenas de clientes do serviço ilegal
  4. Uma quantia significativa em dinheiro vivo

Curiosamente, muitos dos alvos já tinham histórico com esse tipo de crime. Parece que a tentação de voltar ao "trampo" foi maior que o medo da cadeia.

E aí, você acha que essas operações realmente resolvem o problema? Porque tem muita gente por aí que ainda acha que "pegar TV por assinatura de graça" não é crime — só uma esperteza. A polícia discorda, e muito.

Enquanto isso, as operadoras comemoram na surdina. Afinal, cada assinatura fraudada é dinheiro que escorre pelo ralo. Só em Salvador, estima-se que mais de 5 mil residências utilizavam os serviços piratas.

O caso agora segue para as mãos da Justiça. E os investigados? Bem, podem ter que trocar a programação da TV por um bom tempo — digamos, a grade de um presídio.