Era uma manhã como qualquer outra no Triângulo Mineiro — até que a poeira levantou com a chegada dos agentes. A segunda fase da Operação Escobar, batizada com um nome que já diz muito, sacudiu a região com uma ação que parece saída de um roteiro de Hollywood. Só que, desta vez, os vilões não ficaram impunes.
Pense em carros que custam mais que um apartamento — Ferraris, Lamborghinis, aqueles modelos que fazem até o mais desinteressado virar a cabeça na rua. Pois é, tudo isso agora está sob custódia do Estado. E não foi pouco: R$ 3 milhões em bens bloqueados, um verdadeiro balde de água fria nos planos dos investigados.
O que a operação revelou?
Detalhes que beiram o surreal: enquanto o país debate inflação e desemprego, esse grupo vivia num universo paralelo de ostentação. A questão é — e aqui vem o pulo do gato — como conseguiam sustentar esse estilo de vida digno de sheiks? A resposta, claro, está nos autos do processo.
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Curiosamente, alguns dos alvos nem se davam ao trabalho de disfarçar. Um dos carros, por exemplo, estava estacionado na garagem de uma casa humilde — dessas de porta de madeira e telhado de zinco. A ironia não poderia ser mais gritante.
E agora?
O Ministério Público garante que isso é só o começo. "Quando você tira o brinquedo caro de uma criança mimada..." — brincou um dos promotores, deixando a frase no ar. A mensagem é clara: o esquema desmontado hoje pode ser apenas a ponta do iceberg.
Moradores da região, entre surpresos e desconfiados, comentam nas redes: "Sempre desconfiei que tinha coisa errada aí". Outros, mais cínicos: "Cadê os donos? Devem estar curtindo em Miami". A verdade? Só o tempo — e as investigações — dirão.
