
Era mais uma madrugada qualquer em São José do Rio Preto quando, nas sombras, um grupo agia rápido. Algo valioso estava sendo levado — não joias ou eletrônicos, mas cabos de cobre, aqueles mesmos que mantêm a cidade funcionando. A polícia, depois de meses com a pulga atrás da orelha, finalmente desvendou o esquema.
Não é brincadeira: só nos últimos três meses, mais de 2 toneladas de fios sumiram como num passe de mágica. E olha que a mágica aqui tem nome — uma rede organizada que opera feito formiga, cortando, descascando e repassando o material para intermediários. Quem compra? Oficinas e depósitos que fingem não saber da origem.
O prejuízo vai além do bolso
Enquanto os ladrões embolsam trocados — sim, porque no mercado negro o quilo do cobre não vale nem 1/3 do preço oficial —, a conta chega para todo mundo. Imagina ficar sem luz no meio do expediente porque alguém arrancou os cabos do poste? Ou pior: um fio descartado de qualquer jeito virando armadilha na calçada.
- "É crime de oportunidade", diz um delegado, mas com ressalva: "Tem gente ganhando muito com isso, e não são os peixes pequenos".
- Nas buscas, acharam desde ferramentas especializadas até cadernos com roteiros de furtos — sim, planejamento detalhado como se fosse entrega de comida.
E o pior? Enquanto você lê isso, algum ponto da cidade pode estar sendo mapeado para o próximo golpe. A polícia pede ajuda: "Barulho de serra elétrica de madrugada não é normal". Mas será que alguém vai ligar?