Fuga Acaba na Itália: Brasileira Condenada por Homicídio é Capturada pela Interpol Após 20 Anos Fora do Radar
Brasileira condenada por homicídio presa na Itália após 20 anos

Duas décadas. Vinte longos anos se passaram desde que a Justiça brasileira condenou Maria Inês Felícia pela encomenda do assassinato do próprio ex-marido. O caso, que chocou Pernambuco em 2005, parecia frio, um daqueles arquivos esquecidos. Mas eis que, do outro lado do oceano, na ensolarada Calábria, o passado finalmente alcançou a condenada.

Nada disso foi por acaso, claro. A Polícia Federal do Brasil, em uma cooperação de fazer Hollywood corar, trabalhou lado a lado com a Interpol. A busca era discreta, meticulosa – uma agulha no palheiro europeu. A grande virada? Uma queixa anônima. Alguém, em algum lugar, decidiu que era hora de falar. E que fala!

Imagine só: viver sob uma identidade totalmente nova, em um país estrangeiro, acreditando que o ontem nunca te encontraria. Pois é. A operação “Double Check”

O Dia da Captura

A prisão não foi um espetáculo. Foi rápida, eficiente – quase anticlimática para uma fuga de tanto tempo. Agentes italianos bateram à porta, e a farsa de vinte anos ruiu em segundos. A mulher que comandou um crime brutal no Recife agora respondia às autoridades em solo italiano, sem chance de escapatória.

O que se passa na cabeça de alguém nessa hora? Alívio? Medo? Arrependimento? Difícil dizer. O que sabemos é que a lei não esquece. E a conta, mesmo que duas décadas depois, sempre chega.

E Agora, José?

O processo de extradição já está a pleno vapor. O Brasil formalizou o pedido, e a Itália – como é de praxe entre nações com acordos – deve colaborar. Em breve, Maria Inês deve voltar ao país de origem não como cidadã, mas como ré confessa prestes a cumprir sua pena.

Esse caso é um daqueles lemretes de que a justiça pode ser lenta, insistente, mas não é cega. Uma vitória silenciosa para quem acredita que o tempo não apaga certas dívidas.

E cá entre nós: quem imaginaria que uma denúncia anônima na Calábria fecharia um caso de homicídio do Recife? O mundo é mesmo pequeno demais para quem foge da própria história.