
Imagine acordar com o barulho de helicópteros e dezenas de viaturas policiais nas redondezas. Foi exatamente assim que amanheceu em Marmeleiro, no Sudoeste do Paraná, nesta quarta-feira (4). E não era pouco não — a operação, batizada de 'Treme-Terra', sacudiu mesmo a região.
Mais de cem mandados judiciais, gente. Cem! Entre busca e apreensão e prisões, espalhados por sete cidades diferentes. A coisa era grande, grandiosa mesmo.
O que a polícia encontrou
Olha só o tamanho do estrago — ou da sorte, dependendo de que lado você está:
- 80 quilos de cocaína pura — isso daria para abastecer meia cidade, não?
- Quase 300 quilos de precursor químico — aqueles produtos que transformam a pasta em pó
- Duas armas de fogo — porque tráfico e violência andam de mãos dadas, infelizmente
- Dinheiro vivo e veículos — o lucro do crime na hora de ser confiscado
E o pior — ou melhor, dependendo again do ponto de vista: um laboratório completo, equipado até a última peça, escondido numa propriedade rural. Não era amador não, tinham até expertise — e isso assusta.
Quem tá por trás dessa farra?
Segundo as investigações — que já rolam há meses, diga-se — a organização era estruturada como empresa. Tinha divisão de tarefas, logística, tudo nos conformes. Só que no conformes do crime.
Os caras produziam a droga aqui mesmo no Paraná e distribuíam para outros estados. Um negócio interestadual, mas das piores espécies.
E pensar que tudo isso funcionava debaixo dos nossos narizes — ou melhor, das nossas janelas, já que o laboratório ficava em área rural, mas não exatamente isolada.
O que dizem as autoridades
O delegado responsável — que obviamente não quis se identificar — falou que essa foi uma das maiores apreensões do ano no estado. E olha que o Paraná não é exatamente pequeno no mapa do tráfico, né?
"A operação quebrou uma cadeia importante de produção", disse ele, com aquela voz séria de quem já viu muita coisa. "Cada quilo apreendido representa vidas poupadas, famílias intactas."
E não é exagero não. O potencial de estrago de 80 quilos de cocaína? Melhor nem calcular.
Os investigados — porque presos ainda não foram todos — respondem por associação para o tráfico e produção de drogas. Se condenados, a paulada é grande: até 15 anos de cadeia.
Enquanto isso, em Marmeleiro, a vida volta ao normal. Mas o susto — e a lição — ficam. O crime organizado não escolhe endereço, não respeita fronteiras. E às vezes, instala-se bem onde menos esperamos.
Fica o alerta — e a esperança de que operações como essa continuem sacudindo as estruturas do tráfico.