Máfia dos Transplantes: Justiça manda quatro médicos a júri por homicídio em MG
Máfia dos transplantes: 4 médicos a júri por homicídio

A Justiça de Minas Gerais determinou que quatro médicos sejam levados a júri popular por homicídio após serem acusados de integrar uma organização criminosa especializada em transplantes ilegais de órgãos. O caso, que chocou o estado, envolve supostas irregularidades em procedimentos realizados em hospitais da região.

Segundo as investigações, os profissionais faziam parte de uma rede que atuava na comercialização clandestina de órgãos, incluindo falsificação de documentos e manipulação de listas de espera. As vítimas eram pacientes em situação de vulnerabilidade, muitas vezes coagidas a aceitar os procedimentos.

Os detalhes do esquema criminoso

O esquema funcionava da seguinte forma:

  • Os médicos identificavam pacientes com condições financeiras precárias
  • Ofereciam valores em troca da doação de órgãos
  • Falsificavam laudos médicos para justificar a urgência dos transplantes
  • Desviavam órgãos que deveriam seguir a lista oficial de espera

As investigações apontam que pelo menos três mortes estão diretamente relacionadas às práticas irregulares da organização.

Próximos passos do processo

Com a decisão judicial, os quatro médicos terão seus casos analisados por um tribunal do júri. Caso condenados, podem enfrentar penas de até 30 anos de prisão. O Ministério Público já anunciou que vai pedir a condenação máxima.

Este é considerado um dos maiores casos de máfia de transplantes já descobertos no Brasil, levantando debates sobre a necessidade de maior fiscalização no sistema de doação de órgãos no país.