
Imagine a cena: são 3h30 da madrugada, o mundo ainda dorme, mas o pesadelo já começou para os agentes penitenciários do CDP de Franco da Rocha. De repente – e não me pergunte como –, um grupo de homens encapuzados e fortemente armados simplesmente entra no presídio. Sim, entra. Não foi um ataque convencional, foi algo direto, calculado, quase… profissional.
Eles não estavam ali para visitar ninguém. O alvo era uma mulher, uma detenta específica, cuja identade o sistema prisional – pasme – ainda não conseguiu confirmar. A precisão foi assustadora. Sabiam exatamente onde ela estava. Chegaram, pegaram e… foram embora. Tudo em poucos minutos, um verdadeiro golpe cinematográfico, só que com um sabor amargo de realidade.
O Silêncio Estrondoso das Autoridades
O que se seguiu foi aquele silêncio constrangedor das autoridades. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) emitiu um comunicado padrão, daqueles que tentam acalmar os ânimos mas só aumentam a preocupação. Confirmaram o fato, disseram que abriram um inquérito e que vão apurar a fundo a brecha de segurança. Clássico, não?
Mas a pergunta que fica, e que todo mundo está fazendo, é: como raios isso foi possível? Como um grupo armed consegue simplesmente invadir uma unidade prisional e sair impune, como se estivesse passando num drive-thru? A sensação de insegurança é total – se nem dentro de um presídio estamos seguros, onde estaremos?
Um Aviso ou Uma Nova Realidade?
Especialistas em segurança que conversei – anonimamente, claro – já veem esse episódio como mais um capítulo preocupante da escalada do crime organized no estado. Não é mais sobre fugas improvisadas. É sobre operações ousadas, com logística e inteligência. É um recado claro de que o poder paralelo está se armando, se organizando e perdendo completamente o medo.
Franco da Rocha, uma cidade já tão castigada pela violência, acorda mais uma vez no centro de uma tempestade. A população, é claro, está assustada. E com razão. Enquanto isso, as investigações correm contra o tempo para identificar não só os responsáveis pela fuga, mas principalmente pela falha colossal no sistema.
Uma coisa é certa: essa história está longe de acabar. E ecoa como um alerta sinistro para todo o sistema prisional paulista.