Homem é encontrado amarrado e esfaqueado em Santarém: Polícia investiga se caso tem ligação com dívida ou disciplina do tráfico
Homem amarrado e esfaqueado em Santarém: polícia investiga

A cena era digna de filme de terror, mas infelizmente era a mais pura realidade santarena. Na manhã de segunda-feira, 22 de setembro, um homem foi encontrado em situação lastimável numa área do bairro do Mapiri, em Santarém, no oeste do Pará. Amarrado como um animal prestes ao abate e com marcas de facadas pelo corpo – um espetáculo de horror que chocou até os investigadores mais experientes.

Segundo informações apuradas pela polícia, a vítima – cuja identidade ainda não foi divulgada – estava consciente, mas em estado gravíssimo quando foi localizada. Os ferimentos, múltiplos e profundos, sugeriam uma execução que, por algum motivo, não foi concluída. Que sorte a dele, não? Ou será que deixá-lo vivo fazia parte do 'recado'?

As duas pistas quentes que a polícia segue

Os delegados responsáveis pelo caso não dormem direito desde que o caso chegou às suas mesas. E não é pra menos. As investigações, ainda em fase inicial, seguem por dois caminhos distintos – ambos igualmente sombrios.

  • Dívida com o tráfico: A hipótese mais forte é que a vítima devia quantias significativas aos esquemas de narcotráfico que operam na região. No mundo do crime, dinheiro atrasado costuma ser cobrado com juros altíssimos... em sangue.
  • Disciplina interna: A segunda linha aponta para um suposto 'disciplinamento' dentro da própria organização criminosa. Talvez o homem tenha quebrado alguma regra não escrita do grupo e pagou o preço por isso.

"Temos indícios consistentes para ambas as possibilidades", admitiu uma fonte policial que preferiu não se identificar. "O modus operandi, porém, cheira mais a acerto de contas do que a tentativa de homicídio passional."

O silêncio que fala mais alto que gritos

O que mais intriga os investigadores neste momento é o muro de silêncio que se formou ao redor do caso. Nenhum vizinho ouviu nada? Será possível? Num bairro movimentado como o Mapiri, um crime dessa magnitude normalmente não passaria despercebido.

Mas é aí que mora o perigo – e a explicação. O medo de represálias por parte do tráfico faz com que testemunhas em potencial prefiram se fazer de surdas, cegas e mudas. Quem se arriscaria a falar, sabendo que poderia ser a próxima vítima?

Enquanto isso, a vítima segue hospitalizada, entre a vida e a morte. Sua recuperação – se acontecer – pode ser a chave para desvendar este caso que já nasceu envolto em mistério e violência.