
Numa manhã que parecia comum em Ilhéus, a rotina de alguns indivíduos foi bruscamente interrompida. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) colocou em prática uma operação que já estava nos bastidores há semanas — e o resultado? Nada menos que a prisão de foragidos da justiça e um arsenal apreendido.
Por volta das 5h, enquanto a cidade ainda dormia, os agentes cercaram pontos estratégicos. Nada de alarde, tudo calculado. "A gente sabia que alguns desses caras estavam se escondendo como ratos em buracos", comentou um dos policiais, sob condição de anonimato. E não deu outra: três homens, com mandados de prisão em aberto, foram capturados antes mesmo de tomar o café da manhã.
O que foi apreendido?
- Dois revólveres calibre 38 — um deles com numeração raspada, coisa de filme
- Munição suficiente para abastecer um pequeno confronto
- Dinheiro em espécie que, segundo os investigadores, "cheirava a crime"
- Diversos celulares, possivelmente usados para coordenar atividades ilegais
O mais curioso? Um dos presos tentou se fazer de desentendido. "Tô limpo, pode revistar!" — gritou, enquanto os agentes encontravam uma pistola escondida no forro do sofá. A cena foi quase cômica, se não fosse trágica.
Moradores da região, que preferiram não se identificar, relataram alívio misturado com preocupação. "A gente sabe que tem mais gente errada por aí", disse uma senhora, enquanto observava a movimentação policial da janela de sua casa. E ela tem razão: segundo fontes da delegacia, essa operação foi apenas a primeira fase de uma ação maior.
E agora?
Os detidos já estão à disposição da Justiça, e as investigações continuam — porque, como diz o ditado popular, "uma andorinha só não faz verão". A FICCO adiantou que novas operações devem acontecer nos próximos dias, especialmente em áreas consideradas críticas. Resta saber: será que outros "ratos" vão continuar se escondendo, ou a polícia vai limpar o jogo de vez?
Uma coisa é certa: Ilhéus não é mais aquela cidade tranquila de outrora. E enquanto as autoridades fazem sua parte, a população torce — não pelo Carnaval, mas por dias mais seguros.