
Eis que o Rio de Janeiro acorda com mais um capítulo digno de roteiro de filme policial. Um ex-policial militar, cujo nome ainda não foi divulgado — porque, convenhamos, a investigação tá quente que só —, foi agarrado pela Polícia Civil nesta sexta-feira (20). O motivo? Suspeita de ter metido o bedelho no atentado contra Vinicius Drumond, figura não exatamente desconhecida no submundo do jogo ilegal.
Detalhe que faz a cabeça girar: o cara tava na ativa até pouco tempo atrás. Aí você se pergunta: até onde vai o buraco dessa história? A operação que pegou ele foi batizada de "Ponto Final" — irônico, considerando que parece tudo menos o fim.
O que se sabe até agora:
- O ex-PM teria fornecido informações estratégicas sobre a rotina do bicheiro
- Armas usadas no crime podem ter vindo de "empréstimos" de coleções particulares de policiais
- A prisão ocorreu na Zona Oeste, área que virou palco frequente desses dramas urbanos
E olha só o nível da coisa: Drumond sobreviveu a quatro tiros em abril passado, num ataque que deixou marcas não só nele, mas na paisagem de uma rua de Campo Grande. Testemunhas na época falaram em dois caras de moto — o clássico modus operandi que virou quase lugar-comum.
Entre bastidores
Quem acompanha o noticiário policial sabe: casos assim costumam ter mais camadas que cebola. Fontes próximas à investigação soltaram que o ex-PM não agiu sozinho — e que a rede por trás disso pode envolver desde milicianos até concorrentes do ramo de apostas.
"Quando você mexe com bicheiro, mexe com favela inteira", comentou um delegado que preferiu não se identificar. E não é que ele tem razão? O caso já está sendo tratado como acerto de contas entre facções do crime organizado.
Enquanto isso, nas ruas do Rio, o clima é de quem já viu esse filme antes. Só que dessa vez — e aqui vai minha opinião — o elenco inclui quem deveria estar do outro lado da lei. Pra variar.