
Salvador acordou sob o impacto de mais um caso de violência urbana que parece saído de um roteiro de filme — só que, infelizmente, era a pura realidade. Um empresário local, cuja identidade foi preservada por questões de segurança, passou por dez horas de pesadelo nas mãos de sequestradores antes de ser resgatado são e salvo.
Segundo fontes próximas à investigação, tudo começou por volta das 8h da manhã, quando a vítima foi abordada de forma violenta por pelo menos três indivíduos armados na região do Stiep. "Foi tudo muito rápido, como um golpe de cinema", relatou uma testemunha que preferiu não se identificar.
O que se sabe até agora:
- Os criminosos usaram um veículo modelo Gol preto para o sequestro
- A família recebeu ligações exigindo resgate em dinheiro
- Policiais civis do DENARC conseguiram localizar o cativeiro em um imóvel abandonado no Subúrbio Ferroviário
Por volta das 18h, após uma operação discreta mas eficiente, o empresário foi encontrado — ainda atordoado, mas sem ferimentos graves. "Ele estava visivelmente abalado, mas conseguiu dar informações cruciais", contou um dos investigadores envolvidos no caso, que brincou: "Parece que os bandidos assistiram muitos filmes ruins e acharam que iam se dar bem".
O delegado responsável pelo caso adiantou que já existem pistas concretas sobre a identidade dos sequestradores. "Essa não foi a primeira vez que agiram, e provavelmente não seria a última — mas agora a festa acabou", garantiu, em referência às prisões que devem acontecer nos próximos dias.
O outro lado da moeda
Enquanto isso, moradores da região onde o cativeiro foi montado reclamam do aumento da violência. "Aqui virou terra de ninguém", desabafou Dona Maria, comerciante há 20 anos no local. Já o empresário libertado, segundo parentes, está recebendo apoio psicológico e deve voltar às atividades em breve.
Uma pergunta que fica: até quando casos como esse vão continuar assombrando Salvador? A cidade, que encanta turistas com seu sorriso fácil, precisa urgentemente encontrar soluções para essa violência que teima em não dar trégua.