
Numa virada digna de filme de ação — mas sem roteiro previsível —, dois dos nomes mais temidos do tráfico carioca tiveram seu destino alterado na calada da noite. De um lado, helicópteros cortando o céu; de outro, blindados que pareciam saídos de um arsenal de guerra. Tudo para levar dois homens de volta ao lugar que, digamos, não é exatamente sua casa dos sonhos: o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.
Os detalhes? Sórdidos e cheios daquela burocracia que até o crime organizado não escapa. A Justiça Federal decidiu que a estadia deles em presídios estaduais era um "hóspede indesejado" no sistema — e lá se foram, escoltados como reis em desfile fúnebre.
Por que isso importa?
Se você acha que isso é só mais uma transferência de presos, pense de novo. Esses caras não são "qualquer zé ruela" do crime. Controlavam negócios que fazem pequenas empresas parecerem barracas de feira. E agora? Voltam para trás das grades federais, onde o acesso a celulares — aquela "ferramenta de trabalho" deles — é tão fácil quanto encontrar um vendedor de coco na praia em fevereiro.
- Operação começou de madrugada, com agentes de três corporações diferentes — porque, claro, um só não bastaria;
- Os detentos estavam em unidades estaduais desde 2023, após decisão controversa;
- Gericinó não é um spa: lá, a rotina inclui revistas "surpresa" e visitas marcadas por grades.
E o pior (ou melhor, dependendo do seu ponto de vista)? Isso pode ser só o começo. Corredores do tribunal sussurram que outros "clientes ilustres" podem seguir o mesmo caminho. Resta saber se o tráfico vai aceitar essa mudança de endereço sem... presentinhos de volta.
O que dizem as ruas?
Nas favelas onde esses caras mandavam, o clima é de silêncio pesado. Ninguém comenta, mas todo mundo sabe: quando os chefes viram peça de museu, alguém sempre tenta ocupar o trono. E no Rio, isso raramente termina em beijos e abraços.