Chefe de facção cai na mão da polícia no Rio: operação põe fim a reinado criminoso
Chefe de facção cai após operação policial no Rio

Era uma daquelas madrugadas que pareciam saídas de um filme de ação – só que real, muito real. No Morro do Fallet, zona norte do Rio, helicópteros cortavam o céu enquanto dezenas de agentes fechavam o cerco. O alvo? Nada menos que o chefe de uma das organizações criminosas que mais aterrorizavam a cidade.

Depois de seis meses de investigação minuciosa – com escutas, infiltrados e até análise de transações suspeitas – a polícia finalmente botou as mãos no 'rei do morro'. E olha que ele não foi pego de surpresa não. O cara tinha esquema de segurança que faria qualquer VIP corar: câmeras, guarda-costas, rotas de fuga... Mas dessa vez, não adiantou.

Operação foi 'peça por peça'

Segundo delegados envolvidos, a queda do chefão não foi obra do acaso. 'Montamos um quebra-cabeças', contou um investigador que preferiu não se identificar. 'Cada denúncia, cada mensagem interceptada era uma peça. Até que a imagem ficou clara.'

O esquema desmontado era complexo pra caramba:

  • Controle de pontos de venda de drogas em pelo menos 15 comunidades
  • Lavagem de dinheiro através de lojas de fachada
  • Rede de corrupção que incluía até servidores públicos

E tem mais – a polícia apreendeu um arsenal que daria inveja a pequenos exércitos: fuzis, granadas, coletes à prova de balas... Sem contar os R$ 500 mil em espécie, escondidos num forro falso.

'Era questão de tempo'

Moradores – aqueles que tiveram coragem de falar – contaram que o clima no morro estava tenso havia semanas. 'Dava pra sentir que o caldo ia engrossar', disse uma comerciante, pedindo anonimato. 'Os 'homens dele' andavam mais nervosos, mais armados...'

Curiosamente, essa não era a primeira vez que o agora preso quase caía. Em 2023, escapou por pouco de uma operação similar – daí o apelido 'Fantasma' entre os colegas de cela. Só que, como diz o ditado, a sorte (ou seria azar?) acabou.

Enquanto isso, nas ruas do Fallet, a sensação é de alívio misturado com cautela. 'Agora é torcer pra não vir outro pior', comentou um jovem, enquanto observava os últimos policiais deixarem o local. A pergunta que fica: será o fim de uma era ou apenas um capítulo nessa história sem fim de violência?