
E aí, quem diria? A casa que serviu de quartel-general para a quadrilha que matou o ex-delegado Antônio Carlos de Oliveira, de 68 anos, apareceu toda pichada no litoral paulista. A coisa aconteceu em Santos, e olha só que ironia: o mesmo imóvel que foi palco de planejamentos criminosos agora virou alvo de pichadores.
Parece que o passado voltou para assombrar o lugar. A Polícia Civil já tinha identificado essa casa na Rua Doutor Arthur Porchat de Assis, no Boqueirão, como um dos pontos de apoio da tal "família" criminosa. E agora, do nada, surgem essas marcas nas paredes — será um recado? Uma provocação? A polícia ainda tenta decifrar.
Os detalhes que impressionam
O ex-delegado foi executado a sangue frio em outubro do ano passado, dentro do próprio carro, numa rua tranquila de São Vicente. Os investigadores descobriram que os criminosos usaram pelo menos duas casas na região para organizar o ataque. Essa que foi pichada era uma delas.
E tem mais: os investigadores acreditam que o grupo mantinha um esquema de aluguel de imóveis justamente para não levantar suspeitas. Que astúcia, não? Alugavam, usavam por pouco tempo e depois sumiam. Mas dessa vez, deixaram rastros.
O que a pichação significa?
Ninguém sabe ao certo, mas especialistas em segurança ouvidos pelo G1 sugerem que pode ser desde uma marca territorial de facções rivais até um aviso para quem ainda frequenta o local. Santos, afinal, vive uma guerra silenciosa entre grupos que disputam o controle de áreas estratégicas.
O caso do ex-delegado Oliveira chocou a Baixada Santista. Com uma carreira inteira dedicada ao combate ao crime, ele se aposentou mas continuava na mira de antigos desafetos. Sua morte foi classificada como acerto de contas — e essa casa agora pichada é mais um capítulo nessa história sombria.
A polícia mantém sigilo sobre as investigações, mas fontes próximas ao caso admitem: a pichação não foi obra do acaso. Alguém quis mandar uma mensagem. Resta saber para quem.