Assassinato de advogado em MT revela esquema de venda de sentenças e espionagem a ministros
Assassinato em MT revela esquema de venda de sentenças

Crime expõe teia de corrupção no judiciário mato-grossense

O assassinato do advogado Carlos Eduardo Souza, ocorrido em Cuiabá no último fim de semana, revelou uma rede criminosa que opera há anos no sistema judiciário de Mato Grosso. As investigações apontam para um esquema sofisticado de venda de sentenças e espionagem ilegal contra autoridades.

O que se sabe até agora:

  • Vítima tinha documentos comprometedores sobre o esquema
  • Grupo mantinha contatos com juízes e desembargadores
  • Ministros do STJ e STF eram alvos de monitoramento
  • Operação contou com participação de agentes públicos

Segundo fontes da Polícia Civil, o advogado assassinado coletava provas sobre a manipulação de processos judiciais em troca de vantagens financeiras. Seus arquivos pessoais continham gravações e documentos que ligam políticos locais à organização criminosa.

Esquema milionário

As investigações estimam que o grupo movimentou mais de R$ 50 milhões nos últimos três anos, garantindo decisões favoráveis a empresários e políticos em processos criminais e ações civis. O modus operandi incluía:

  1. Contato inicial com partes interessadas
  2. Negociação de valores para sentenças favoráveis
  3. Distribuição de recursos entre os envolvidos
  4. Monitoramento de autoridades que poderiam investigar o esquema

A Polícia Federal já identificou pelo menos 12 suspeitos diretamente ligados ao caso, incluindo servidores do tribunal de justiça local. As prisões devem ocorrer nos próximos dias, segundo o delegado responsável pelo caso.