
Os números são alarmantes — e deixam qualquer morador de condomínio com os cabelos em pé. Em São Paulo, os assaltos a residências de alto padrão triplicaram nos últimos meses. E o pior? Parece que as antigas "feras" dos assaltos a bancos descobriram um novo playground: os arrastões em condomínios fechados.
Segundo dados que circulam entre delegacias — e que beiram o absurdo —, as quadrilhas estão trocando coletes à prova de balas por táticas sorrateiras. Invadem como sombras, agem rápido e somem antes que o alarme toque. "É um jogo de gato e rato, só que o rato está com todas as cartas na manga", comenta um investigador que prefere não se identificar.
Por que a migração?
Os especialistas em segurança — aqueles que vivem com um pé na teoria e outro no caos das ruas — apontam três motivos:
- Menos risco: Bancos hoje são "caixas-fortes digitais". Já um condomínio? Muitos têm seguranças que mal olham para as câmeras.
- Mais despreparo: Enquanto caixas de banco treinam para assaltos, moradores de luxo nunca imaginariam ser alvo.
- Saque emocional: Joias, relógios e até "lembrancinhas" de valor sentimental viram troféus fáceis.
E aqui vai um detalhe que dá calafrios: essas quadrilhas não são amadoras. Elas estudam. Sabem os horários de entrega de encomendas, os dias em que a maioria viaja e até quais apartamentos têm idosos — alvos "preferidos" por reagirem menos.
O que dizem as vítimas?
Dona Marta, 72 anos (que pediu para omitir o sobrenome), teve seu apartamento no Jardins invadido às 14h de uma terça-feira. "Parecia filme — entraram como se fossem entregadores, amarraram a empregada e limparam meu cofre em 8 minutos". Ela erra ao calcular o tempo? Provavelmente. Mas o trauma, esse é preciso.
Já no Morumbi, um caso bizarro: criminosos usaram uniformes falsos de uma conhecida empresa de gás e passaram de porta em porta. "Quando percebemos, três casas estavam vazias e os carros sumiram", conta um síndico que ainda treme ao lembrar.
E as autoridades?
A Polícia Civil — que está com os nervos à flor da pele — criou uma força-tarefa, mas esbarra em um problema: "Esses criminosos não têm ficha, usam luvas e máscaras até em dias quentes, e trocam de celular como quem troca de meia", desabafa um delegado.
Enquanto isso, condomínios contratam ex-PMs, instalam câmeras "que enxergam até a alma" e promovem reuniões tensas. Todo mundo está assustado. E com razão.
PS: Se seu prédio ainda acha que um porteiro com rádio velho é suficiente... bom, talvez seja hora de repensar.