
Um levantamento recente expôs uma realidade alarmante nas comunidades do Rio de Janeiro: 80% das empresas que fornecem serviços de internet nestas áreas estão sob controle do crime organizado. O mapeamento, realizado por especialistas em segurança digital, revela como facções criminosas estão dominando um setor essencial para a população.
O domínio das telecomunicações nas favelas
O estudo identificou que as operadoras clandestinas, conhecidas como "gatonet", não apenas oferecem conexão à internet, mas também servem como ferramenta de vigilância e controle territorial por parte das facções. Moradores relatam que:
- Os preços são mais baixos que os das operadoras convencionais
- O serviço costuma ser mais rápido nas áreas dominadas
- Há relatos de interrupção do serviço como forma de punição
Riscos para os usuários
Especialistas alertam que utilizar esses serviços representa grandes riscos à segurança digital:
- Dados pessoais podem ser monitorados pelas facções
- Transações bancárias ficam vulneráveis
- Não há regulamentação ou proteção ao consumidor
Impacto social e econômico
A situação cria um ciclo vicioso onde os moradores, muitas vezes sem alternativa acessível, acabam financiando indiretamente o crime organizado. Autoridades investigam como combater esse mercado paralelo sem prejudicar o acesso à internet, direito básico na era digital.