
Era uma madrugada de quarta-feira comum no interior fluminense — até que as sirenes começaram a ecoar. De repente, 16 pessoas acordaram com a polícia batendo na porta. Não deu tempo de esconder as provas.
Num daqueles golpes que parecem saído de filme, a operação mirou dois problemas que andam de mãos dadas: os roubos de carga e quem compra mercadoria 'quente'. Sabe aquela história de 'não compre se não souber a origem'? Pois é.
Como a quadrilha operava
Segundo as investigações — que rolaram por meses —, o esquema tinha até divisão de trabalho:
- Os 'artistas': especialistas em arrombar caminhões como se fossem latas de sardinha
- Os 'intermediários': faziam a ponte entre o roubo e o comércio ilegal
- Os receptadores: donos de estabelecimentos que fingiam não saber de nada
Numa ironia do destino, alguns dos presos estavam com produtos roubados ainda embalados — etiquetas e tudo. 'Não sabia que era roubado', dizia um. Só faltou a plaquinha 'prova do crime' escrita em neon.
O que a polícia apreendeu
Além dos 16 indivíduos agora conhecendo o sistema por dentro, os agentes encontraram:
- Celulares que pareciam ter mais mensagens suspeitas que grupo de WhatsApp da família
- Notas fiscais frias — e não estamos falando de temperatura
- Produtos variados, desde eletrônicos até itens de supermercado
Curiosamente, alguns receptadores tinham até alvará de funcionamento. Ilegalidade com CNPJ, quem diria?
Agora, os investigados respondem por roubo, receptação e formação de quadrilha. Se condenados, podem pegar até 10 anos — tempo suficiente para repensar as escolhas da vida.