
Era praticamente a última cartada da defesa. Mas não deu certo. Na tarde desta quarta-feira, os ministros do STJ bateram o martelo: Robinho não escapa da prisão.
O Plenário Virtual do Superior Tribunal de Justiça rejeitou, por unanimidade, o recurso apresentado pelos advogados do ex-jogador. A decisão mantém intacta a validade da condenação aplicada pela Justiça italiana — nove anos de cadeia pelo crime de estupro coletivo, cometido em 2013.
O caso, que já completou uma década, remonta a uma boate em Milão. Lá, Robinho e mais cinco homens teriam abusado de uma jovem albânia, então com 22 anos. A vítima estava embriagada, segundo o processo. E a Justiça da Itália não teve dúvidas: culpados.
O impasse internacional e a demora da Justiça brasileira
Como o ex-atacante nunca foi extraditado — Brasil não entrega nacionais para outros países —, a Itália pediu que a pena fosse cumprida aqui. E o STJ concordou. Em março deste ano, a Segunda Turma já havia validado a condenação.
Desta vez, a defesa tentou um embargos de declaração. Alegou supostos erros na decisão anterior. Disse que não houve análise de supostas nulidades processuais italianas. Mas os ministros não compraram a tese.
Para o colegiado, a questão já havia sido devidamente examinada. Não havia o que revisar.
E agora, Robinho?
Com a decisão, esgotam-se as possibilidades de recurso no STJ. O ex-jogador está preso desde o dia 22 de março, quando foi levado para a Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
Resta, ainda, a possibilidade de tentar um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. Mas, convenhamos, as chances são mínimas. Quase inexistentes.
O caso gerou comoção internacional e manchou de vez a imagem do ídolo do futebol brasileiro. Uma queda brusca para quem já levantou taças e fez gol em Copa do Mundo.
Agora, entre quatro paredes, ele responde não apenas perante a lei, mas perante a história. E esta, como sabemos, é implacável.