
Eis que o STJ entra em cena para mais um capítulo daquela novela que ninguém pediu, mas todo mundo acompanha. Os ex-diretores da Riotur, condenados por supostas irregularidades na contratação de um show do fenômeno Luan Santana, estão com as malas prontas para o tribunal. Será que vão escapar dessa?
Pois é, meu caro leitor. O caso, que já rendeu pano pra manga desde 2014, pode finalmente chegar ao seu desfecho. E olha que não foi pouca coisa: uma dívida de quase R$ 1 milhão com a produtora do artista, contratos que pareciam feitos às pressas e, claro, aquele cheirinho de coisa errada que nunca falha.
O que diz a acusação?
Os promotores não brincam em serviço. Segundo eles, os ex-gestores pularam etapas cruciais — aquelas chatices de licitação que existem justamente pra evitar maracutaias. Resultado? Um contrato direto, sem competição, e um preço que deixou muita gente de sobrancelha em pé.
- Valor do show: R$ 900 mil (sim, você leu certo)
- Prazo de pagamento: 5 dias (quem nunca sonhou com isso?)
- Falta de documentos comprobatórios (o clássico "deixamos pra depois")
E o pior? A cidade ficou com um rombo financeiro que até hoje dá dor de cabeça. Mas calma, nem tudo está perdido — pelo menos para os acusados.
A defesa joga pesado
Os advogados dos ex-diretores não estão com papas na língua. Alegam que tudo não passou de um mal-entendido burocrático, daqueles que acontecem quando a pressa é inimiga da perfeição. "Emergência cultural", chamam eles. Até parece nome de filme de ação, não?
E tem mais: segundo a defesa, o evento foi um sucesso estrondoso, lotando estádios e trazendo visibilidade para a cidade. Querem até transformar os réus em heróis culturais! Mas será que o STJ vai comprar essa versão?
O que esperar do julgamento?
O placar até agora está empatado. Enquanto a primeira instância condenou, o TRF2 deu cartão verde para a apelação. Agora, a bola está com o ministro Ribeiro Dantas, que pode colocar um ponto final nesse cabo de guerra jurídico.
Especialistas ouvidos pelo nosso time são categóricos: esse caso pode virar jurisprudência para contratos culturais no país todo. E aí, será que vai virar "pode tudo" ou "não façam em casa"?
Uma coisa é certa: enquanto a Justiça não decide, o povo fica naquela — entre a indignação com o dinheiro público mal gasto e a lembrança daquele show que, convenhamos, foi realmente épico. Difícil defender o indefensável, mas também difícil esquecer o "Tudo Em Paz" ecoando pela cidade...