
E não é que o tapete vermelho da fama finalmente acabou? Nesta quarta-feira (28), o Supremo Tribunal Federal botou o pé no chão e decidiu: Robinho, aquele que já fez a alegria de milhões em campos de futebol, vai trocar os gramados pela cela.
Por 8 votos a 3, os ministros cravaram que o ex-atacante deve mesmo cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão — condenação que veio diretamente da Itália, onde ele foi considerado culpado por participar de um estupro coletivo contra uma mulher albanesa lá em 2013.
Parece coisa de cinema, mas é a pura realidade. Enquanto a defesa do ex-jogador tentava de tudo para evitar a prisão, alegando que a condenação italiana não valeria aqui, o STF deixou claro que tratados internacionais são pra ser cumpridos. Ponto final.
O jogo decisivo nos bastidores do Supremo
O placar já estava praticamente definido antes mesmo do último voto. Ministros como Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes — gente que não costuma fazer cera quando o assunto é sério — já haviam sinalizado que a lei é clara: crime hediondo não prescreve simplesmente porque o réu cruzou uma fronteira.
E olha que a jogada da defesa foi ardilosa. Tentaram argumentar que a soberania nacional estaria acima de tudo. Mas aí é que está: o Brasil não é terra de ninguém, muito menos refúgio para quem comete barbaridades no exterior.
— A gente não pode fechar os olhos para um crime dessa magnitude — comentou um observador nos corredores do tribunal, enquanto aguardava a decisão final.
E agora, José?
Com a decisão do STF, a bola agora está com a Polícia Federal e com o Departamento de Recuperação Prisional. Eles que vão definir quando e onde Robinho começará a cumprir sua pena.
O ex-jogador, que sempre negou as acusações, deve recorrer até a última instância. Mas convenhamos: depois de uma derrota por 8 a 3 no Supremo, as opções estão ficando escassas. Muito escassas.
Enquanto isso, na Itália, a resposta foi imediata. O ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, não disfarçou a satisfação: "É uma vitória importantíssima para a legalidade internacional", declarou, em tom quase de alívio.
Pois é. O caso que já dura uma década — sim, você leu direito: DEZ ANOS — finalmente parece estar chegando ao seu capítulo final. E que fique a lição: nem a fama, nem o dinheiro, nem os dribles desviarão o curso da justiça.
Restam poucas jogadas. O time da defesa está encurralado. E o juiz... bem, o juiz apitou o fim do jogo.