Médica espancada por fisiculturista revela: ciúmes de amigo gay foi motivação do crime brutal
Médica espancada por ciúmes de amigo gay em Santos

Imagine a cena: uma profissional da saúde, respeitada em sua comunidade, sendo espancada com força brutal por um homem que deveria ser sua proteção. Pois é exatamente isso que aconteceu com uma médica de 39 anos em Santos, litoral paulista, num episódio que mistura violência, ciúmes doentios e preconceito.

O agressor? Um fisiculturista de 44 anos – aquele tipo de homem que passa imagem de força, mas que na realidade usa sua potência física para aterrorizar. A vítima? Uma mulher que dedicou sua vida a cuidar dos outros, agora precisando cuidar de suas próprias feridas, tanto físicas quanto emocionais.

O estopim: uma amizade sem maldade

Tudo começou com uma simples amizade. A médica mantinha um vínculo completamente platônico com um homem gay – algo que, numa sociedade decente, não deveria ser motivo de preocupação. Mas o fisiculturista, movido por ciúmes irracionais e uma dose pesada de preconceito, não conseguia digerir essa relação.

Naquela sexta-feira fatídica, a discussão escalou rapidamente. Ele, obcecado pela ideia de que havia algo mais naquela amizade, partiu para a agressão. E não foi qualquer agressão: foram socos, chutes, todo tipo de violência que você pode imaginar – e algumas que provavelmente não consegue imaginar.

As consequências: além dos hematomas

O resultado? Fratura no nariz, múltiplos hematomas pelo corpo e um trauma psicológico que vai demorar muito, muito tempo para cicatrizar. A médica precisou ser hospitalizada no Ana Costa, um dos principais hospitais da região, onde ela mesma já deve ter atendido inúmeros pacientes.

Ironia cruel, não? Quem dedicou a vida ao cuidado agora precisa ser cuidada.

A resposta legal: justiça em movimento

O fisiculturista não ficou impune, graças a Deus. A Justiça paulista agiu rápido: concedeu medida protetiva em favor da médica e determinou o monitoramento eletrônico do agressor. Ele responde por lesão corporal dolosa – que crime bonito para definir algo tão feio.

Mas aqui vai um detalhe importante: o homem já tinha histórico de agressões. Não era a primeira vez que demonstrava esse comportamento violento. Por que será que casos assim sempre se repetem antes de algo realmente grave acontecer?

O desfecho: reconstruindo uma vida

A médica, corajosamente, decidiu romper o silêncio. Deu entrevista à polícia, narrou todos os detalhes do horror que viveu e agora busca reconstruir sua vida longe do agressor. Ela segue sob proteção judicial, tentando recuperar não apenas a saúde física, mas a confiança nas pessoas.

E o fisiculturista? Bem, ele aprendeu da pior maneira possível que força física não é sinônimo de poder – e que a Justiça, ainda que às vezes demore, acaba alcançando aqueles que pensam que podem tudo.

Cases como esse nos fazem refletir: até quando precisaremos conviver com histórias de ciúmes patológicos transformados em violência? Quando é que vamos entender, de uma vez por todas, que nenhuma relação – seja de amizade ou amor – justifica agressão?