Uma mulher foi condenada a 10 anos de prisão por perseguir e assediar um médico no Triângulo Mineiro. Em um único dia, ela enviou 1.300 mensagens e fez 500 ligações para a vítima, em um caso classificado como stalking.
A decisão judicial, divulgada nesta quarta-feira (29), considerou o comportamento da acusada como ameaçador e invasivo. O médico, que não teve a identidade revelada, relatou sofrer pressão psicológica e medo constante devido às ações da perseguidora.
O caso
De acordo com os autos do processo, a mulher iniciou a perseguição após uma consulta médica. Ela passou a enviar mensagens insistentes e descontroladas, muitas delas com conteúdo ameaçador e obsceno.
O volume de contatos chegou a ser tão intenso que o profissional precisou bloquear números e mudar parte de sua rotina para se proteger. A situação só foi interrompida após a intervenção da Justiça.
Pena e possibilidade de recurso
A sentença foi baseada na Lei nº 14.132/2021, que tipifica o crime de perseguição. A defesa da acusada já anunciou que vai recorrer da decisão, alegando que a pena é desproporcional.
Especialistas em Direito Penal destacam que casos como esse têm se tornado mais frequentes e reforçam a importância da proteção às vítimas de assédio digital.
