
Numa decisão que acendeu debates sobre fiscalização no serviço público, a Justiça maranhense condenou uma professora por um esquema no mínimo criativo — receber salários mensais sem pisar na escola. Detalhe: isso rolou por anos. A rede estadual, que já enfrenta desafios históricos, agora vê mais um caso de má-fé escancarado.
Segundo o processo (e aqui a coisa fica surreal), a docente simplesmente "sumiu do mapa" após ser lotada numa unidade de ensino de Codó, interior do MA. Enquanto colegas davam duro em salas superlotadas, ela embolsava R$ 3.8 mil mensais — tudo registrado em folha de pagamento como se estivesse trabalhando.
Como o esquema veio à tona?
Foi pura sorte — ou falta de sorte da acusada. Uma fiscalização de rotina em 2023 descobriu que:
- Nenhum aluno ou funcionário lembrava da professora
- Seu nome constava em documentos, mas não havia registros de aulas
- Até a cadeira dela estava intocada, cheia de pó
"É o tipo de coisa que dói na alma", comentou um técnico do MPE que pediu anonimato. "Enquanto uns se matam por educação, outros tratam o erário como conta pessoal."
As consequências
A sentença foi dura — e com razão:
- Devolução de R$ 182 mil aos cofres públicos
- Prestação de serviços comunitários
- Proibição de contratos públicos por 5 anos
O caso levantou questões espinhosas: como ninguém notou antes? Será caso isolado? A Secretaria de Educação prometeu "aprimorar mecanismos de controle", mas sabemos como essas promessas costumam acabar...
Para famílias de Codó, o recado é claro: fraude tem endereço. Resta saber se outros casos virão à tona nesse verdadeiro "vale-tudo" que às vezes vira o serviço público.