Prescrição Iminente no Caso do Triplo Homicídio da 113 Sul: Condenação de Adriana Villela é Anulada Após 16 Anos
Prescrição iminente no caso triplo homicídio 113 Sul

Quase duas décadas se passaram, mas o caso que chocou a capital federal ainda ecoa nos corredores do tribunal. E agora, pasmem: a justiça pode simplesmente deixar esse crime hediondo caducar. Sim, você leu direito.

Num daqueles volteios jurídicos que deixam qualquer cidadão de cabelo em pé, o Tribunal de Justiça do DF acabou de anular a condenação de Adriana Villela – aquela mulher condenada pelo assassinato brutal de três pessoas no famoso (e infame) caso da 113 Sul.

E olha que o timing não poderia ser mais cruel: faltando apenas alguns meses para completar 20 anos do crime, o prazo prescricional está prestes a vencer. Traduzindo: se isso acontecer, Adriana não responderá mais por nada. Zero. Nada.

Como tudo começou? Uma noite que virou pesadelo

Voltemos a 2009. Brasília ainda dormia tranquila quando, na quadra 113 da Asa Sul, três vidas foram abruptamente interrompidas. As vítimas? O casal de publicitários Márcio e Lília, e mais o amigo deles, o também publicitário Daniel. Crime brutal, execution-style. A cena era tão chocante que até os investigadores mais experientes ficaram estarrecidos.

As pistas? Todas levavam a Adriana Villela, que na época tinha 36 anos. Motivo? Dinheiro. E não era pouco: uma dívida de R$ 300 mil que Márcio teria com ela. Coisa séria.

O longo (e sinuoso) caminho até a condenação

O caso foi pra júri popular só em 2022 – treze anos depois, imagine! E o veredito? Culpada. Adriana pegou 48 anos de cana. Parecia o fim da história, mas... não era.

A defesa entrou com recurso, é claro. Alegou vícios no processo, disse que a acusação foi "emocional" e que não tinha prova direta. E o TJDFT comprou a ideia. Anulou tudo. Agora, o Ministério Público precisa correr contra o tempo para evitar que a prescrição seja decretada.

O que significa essa tal "prescrição"?

Basicamente, é o prazo que o Estado tem para punir alguém por um crime. Passou do tempo? Perdeu a chance. No caso de homicídio qualificado, como esse, o prazo é de 20 anos. E adivinhem? Estamos nos aproximando perigosamente desse marco.

Se o MP não conseguir levar um novo júri a tempo, Adriana Villela – que já passou anos atrás das grades – estará definitivamente livre. E aí? O que dizer às famílias das vítimas? Que a justiça chegou tarde demais?

O caso agora virou uma verdadeira corrida contra o relógio. E todo o sistema judicial do DF está sendo colocado à prova. Será que vão conseguir evitar que esse triplo homicídio fique impune?

Uma coisa é certa: a sociedade está de olho. E não vai engolir fácil mais um daqueles "erros judiciais" que beneficiam quem comete crimes bárbaros. O tempo... bom, o tempo dirá.