
Parece que a criatividade do crime não tem limites, não é mesmo? Dessa vez, a artimanha envolvia algo que muitos trabalhadores já desejaram em algum momento da vida: um atestado médico. Só que, neste caso, a coisa era séria – e ilegalíssima.
A Polícia Civil do Paraná colocou um ponto final numa trama que mais parecia roteiro de filme. Cinco pessoas foram presas em flagrante nesta sexta-feira (12), acusadas de fazer parte de uma organização criminosa especializada em falsificar atestados médicos. O esquema funcionava em Guarapuava, nos Campos Gerais do estado.
Como a Fraude Funcionava?
Pois é, a investigação começou lá trás, em abril, quando uns papéis mal feitos começaram a circular por aí. A delegada Thais Mathias, que coordenou a operação, contou que a quadrilha tinha métodos bem estruturados. Eles falsificavam assinaturas de médicos – alguns reais, outros inventados – e carimbos de unidades de saúde que, pasmem, nem existiam!
Os clientes? Trabalhadores que queriam faltar ao serviço sem justificação real. Pagavam entre R$ 80 e R$ 100 por um papel que garantia um a três dias de "repouso médico". Conveniente demais para ser verdade, e era.
Não foi fácil desvendar essa teia. A polícia precisou de quase cinco meses de investigação para juntar todas as peças do quebra-cabeça. E olha, tinha de tudo: desde a falsificação propriamente dita até a comercialização dos documentos.
As Consequências Vão Além do Óbvio
Alguém pode pensar: "Ah, mas é só um atestado falso". Só que não é bem assim. Essas falsificações causam um prejuízo danado aos cofres públicos e às empresas. Imagina o trabalhador que falta legitimamente doente e tem seu atestado questionado porque o patrão já desconfia de tudo?
E tem mais: a delegada alerta que usar documento falso é crime previsto no artigo 297 do Código Penal. Ou seja, quem comprava também estava se metendo numa fria das grandes. A pena? Pode chegar a três anos de cadeia. Não vale a pena, né?
As buscas aconteceram em três endereços diferentes na cidade. Além das prisões, os policiais apreenderam uma porção de material usado nas falsificações: computadores, celulares, e – adivinhem – 67 atestados médicos prontos para serem vendidos. Era uma linha de produção do ilegal!
Os investigados agora respondem por formação de quadrilha e falsificação de documentos públicos. A coisa é séria, e serve de alerta para quem pensa que pequenas fraudes não têm grande consequência.
No final das contas, a operação mostrou que o crime não compensa – mas também revelou como a pressão no mundo do trabalho pode levar pessoas a buscar soluções desesperadas. Uma triste realidade que vai muito além dos atestados falsos.