
O centro de João Pessoa virou palco de uma verdadeira caçada aos produtos piratas nesta quarta-feira. E olha, a coisa foi séria: uma operação conjunta entre a Polícia Civil e o Procon estadual botou a mão na massa e apreendeu um caminhão de itens falsificados que estavam sendo vendidos como se fossem legítimos.
Parece que os camelôs da região central da cidade tinham se transformado numa espécie de shopping paralelo – mas sem nenhuma garantia de qualidade, é claro. A operação, que recebeu o nome de "Pirataria Zero", pegou de surpresa comerciantes e ambulantes que lucravam com essa venda ilegal.
O que foi apreendido? A lista é assustadora
Os agentes encontraram de tudo um pouco, e quando digo tudo, é tudo mesmo. Desde perfumes famosos – que cheiravam mais a álcool do que a fragrância – até medicamentos que prometiam curas milagrosas. Tinha também:
- Cosméticos de marcas internacionais com embalagens tão mal feitas que até uma criança perceberia que era falso
- Bebidas alcoólicas que poderiam intoxicar quem tivesse a infelicidade de consumir
- Roupas de marcas famosas com etiquetas tão mal costuradas que caíam ao primeiro movimento
- Acessórios eletrônicos que representavam risco real de choque elétrico
O delegado responsável pela operação, em entrevista coletiva, não escondeu a preocupação: "Isso aqui não é brincadeira. São produtos que podem causar desde alergias simples até problemas de saúde gravíssimos."
Risco à saúde pública e prejuízo aos cofres públicos
O que muita gente não percebe é que comprar um perfume falsificado ou um remédio sem procedência não é apenas uma "economia". É uma roleta-russa com a própria saúde. Os produtos apreendidos sequer passaram por qualquer tipo de controle sanitário – uma verdadeira loteria perigosa.
E tem mais: o comércio ilegal desses produtos representa um rombo enorme nos cofres públicos. Só em João Pessoa, estima-se que o prejuízo com sonegação de impostos chegue a milhões por ano. Dinheiro que deixa de ser investido em saúde, educação e segurança para todos nós.
Um dos agentes do Procon, com mais de 15 anos de experiência, confessou: "Nunca vi tanta ousadia. Vendiam até medicamentos controlados sem qualquer receita médica. É um absurto completo."
E agora, o que acontece com os comerciantes?
Os estabelecimentos que insistiam nesse comércio ilegal agora enfrentam consequências severas. Multas pesadas – que podem chegar a dezenas de milhares de reais – e processos criminais estão sendo preparados. E não adianta chorar: a lei é clara quanto a esse tipo de infração.
Para os consumidores, a lição é dura mas necessária: se o preço parece bom demais para ser verdade, provavelmente é. Aquele desodorante de marca que custa 10 reais quando o original vale 50? Melhor repensar a compra.
A operação continua – isso foi apenas o primeiro round. As investigações vão apurar a origem desses produtos e quem está por trás desse esquema milionário. João Pessoa merece um comércio justo e seguro para todos.