Nada justifica o ódio — mas, infelizmente, ele ainda se manifesta de formas cruéis. Em Barra Mansa, no Sul do Rio, uma mulher foi presa nesta quinta-feira (8) após desferir ofensas racistas contra uma técnica de enfermagem. O caso, que já está sendo tratado como injúria racial, deixou a cidade em alerta.
A vítima, cujo nome não foi divulgado (por questões óbvias), estava exercendo sua função quando foi surpreendida pela agressão verbal. Segundo relatos, a autora das frases de cunho discriminatório não mediu palavras — e, claro, agora colhe os frutos amargos da própria intolerância.
Como tudo aconteceu?
Detalhes do boletim de ocorrência mostram que a discussão começou por motivos banais — mas rapidamente escalou para algo inaceitável. A técnica, profissional dedicada e respeitada, não hesitou: foi direto à delegacia registrar a agressão. E não é pra menos, né?
A polícia agiu rápido. Muito rápido. Em menos de 24 horas, a acusada já estava atrás das grades, respondendo pelo crime de injúria racial — que, diga-se de passagem, não é brincadeira. A legislação brasileira prevê pena de 1 a 3 anos de reclusão, além de multa.
O que dizem as autoridades?
O delegado responsável pelo caso foi enfático: "Não vamos tolerar esse tipo de conduta. Racismo é crime, e crime sério". Palavras duras, mas necessárias — ainda mais num país que insiste em fingir que o preconceito não existe.
Enquanto isso, a técnica de enfermagem recebe apoio da comunidade e dos colegas de trabalho. "Ela é uma guerreira", disse uma amiga, que preferiu não se identificar. "Ninguém merece passar por isso, ainda mais no próprio local de trabalho."
O caso serve de alerta? Sem dúvida. Ainda mais num momento em que discussões sobre racismo estrutural estão — finalmente — ganhando espaço na sociedade. Resta saber: quando é que a lição vai ser aprendida de vez?
