Eis que o Ministério Público de São Paulo resolveu dar mais um passo – e dos grandes – na investigação das contas do Sport Club Corinthians Paulista. A situação, que já dava pano pra manga, agora ganha um capítulo ainda mais suculento: a 2ª Promotoria de Justiça de Direito Criminal de São Paulo, na figura do promotor José Ramiro Diniz, entrou com um pedido nada modesto perante a Justiça.
Quebra de sigilo. Soa grave, não? Pois é exatamente isso. Eles querem acesso completo, sem restrições, a todos os extratos e movimentações de cartões de crédito corporativos e pessoais usados por dirigentes do clube entre 2017 e 2021. Um período e tanto, que cobre gestões passadas e deixa todo mundo de orelha em pé.
O cerne da questão, pelo que se apurou, não é brincadeira. A suspeita é que essas movimentações financeiras possam estar ligadas a desvios de verba, pagamentos não autorizados ou, quem sabe, até mesmo aquele famoso 'jeitinho' contábil que todo mundo desconfia, mas ninguém nunca consegue provar direito.
Não é investigação de hoje
Importante frisar: isso não saiu do nada. O MP já vinha de outras investigações relacionadas às finanças alvinegras. Agora, a coisa ficou séria de verdade. E olha, no meio disso tudo, a justificativa do promotor foi clara: ele alega que existem 'indícios robustos' de que os cartões foram utilizados para finalidades que… bem, digamos que não eram exatamente para comprar material esportivo ou pagar a conta de luz do estádio.
Os valores? Ainda não foram divulgados. Mas se o MP está mexendo os pauzinhos dessa forma, é porque a coisa deve ser grande. Imagina só a quantidade de transações que devem aparecer nesses extatos? É coisa pra caramba.
E o Corinthians?
Até o momento, o clube não se manifestou oficialmente sobre o novo pedido. Resta saber como a instituição vai reagir – e, principalmente, como os torcedores vão digerir mais essa. Porque não é fácil ver seu time, sua paixão, no meio de uma enrascada dessas.
O que dá pra ter certeza? Esse caso ainda vai dar muito o que falar. E enquanto a Justiça não se pronuncia, o mistério só aumenta. Fica aqui o registro: o drama financeiro do Timão acaba de ganhar um novo e imprevisível protagonista – o cartão de crédito.
