
Era uma daquelas notícias que deixam a cidade em estado de choque — um daqueles casos que, quando você ouve, parece até roteiro de novela das nove. Só que era real, dolorosamente real. E hoje, depois de tanto tempo, a mãe da dentista assassinada consegue respirar um pouco mais aliviada.
Não é que a dor tenha sumido — quem perde um filho sabe que essa ferida nunca fecha direito. Mas a condenação do cantor sertanejo acusado pelo crime deu um certo... como dizer? Um certo respiro na história toda.
O peso da sentença
"A gente não quer vingança, quer justiça" — a frase clichê nunca fez tanto sentido. A mãe, que prefere não ter o nome divulgado (e quem pode culpá-la?), falou com uma mistura de alívio e exaustão. "Agora ele vai pagar pelo que fez. Não vai trazer minha filha de volta, mas pelo menos não vai ficar por isso mesmo."
O caso rolou em São Carlos, interior de SP, e mexeu com todo mundo. Imagina só: profissional respeitada, vida inteira pela frente, e do nada, tudo acaba. O cantor, que tinha certa fama regional, sempre negou — mas as provas, dizem, eram contundentes.
Detalhes que doem
O jogo de empurra-empurra durou anos. Advogados do acusado tentaram de tudo — desde argumentos técnicos até alegações de perseguição. Enquanto isso, a família da vítima via a vida passar em câmera lenta, cada audiência uma tortura.
"Tinha dia que eu nem levantava da cama", confessou a mãe. "Mas aí eu pensava: minha filha não pode ter morrido por nada." E foi isso que a fez seguir em frente — essa teimosia quase irracional de quem não aceita que a injustiça leve a melhor.
O tal cantor? Bom, a carreira dele acabou na hora. Nem precisa dizer que os fãs sumiram como mágica. E agora, com a condenação, o que era suspeita virou certeza — e a família pode, finalmente, começar a virar a página.
Ou pelo menos tentar. Porque convenhamos: página assim ninguém vira de verdade. No máximo, aprende a conviver com a dor que ficou.