Justiça no Pará: Condenados por assassinato premeditado de joalheiro em Marabá — um absolvido
Justiça condena autores de morte de joalheiro no Pará

A Justiça paraense finalmente deu seu veredito em um caso que tirou o sono de muita gente em Marabá. Dois homens, acusados de arquitetar e executar o assassinato de um joalheiro local, foram condenados a longos anos de prisão. A decisão saiu nesta quinta-feira (12), pondo um ponto final — ou pelo menos um grande capítulo — numa trama que misturou ganância, violência e um planejamento cruel.

Edvan Ferreira de Oliveira e Wanderson Silva Sousa agora enfrentam 12 anos e seis meses atrás das grades, começando em regime fechado. A lei foi clara: crime hediondo, pena severa. O juiz não teve dúvidas ao analisar as provas — e olha que não foram poucas.

Mas nem tudo foi condenação. Num daqueles volteios que só o processo judicial sabe dar, José Ribamar Pimentel Júnior acabou inocentado. A defesa conseguiu demonstrar que ele não participou diretamente do crime, embora a acusação insistisse no contrário. Fica aquele gosto de ‘e se?’ no ar.

O crime que abalou o comércio de Marabá

Tudo aconteceu em plena luz do dia, no centro da cidade. O joalheiro foi abordado de surpresa, sem chance de defesa. Os autores agiram com frieza, como se cumprissem um script macabro ensaiado dias antes. E provavelmente cumpriam.

— As investigações mostraram que havia uma relação anterior entre vítima e acusados, algo que transformou um possível assalto num acerto de contas pessoal — comentou um delegado que acompanhou o caso, sob condição de anonimato.

O caso rodou nas delegacias, promotorias e, finalmente, no Tribunal do Júri. testemunhas hesitaram, provas técnicas surgiram, e o quebra-cabeça judicial foi montado peça por peça — com algumas faltando, como sempre.

Repercussão e justiça

Não é todo dia que um crime com tantos detalhes sinistros chega a uma sentença. A família da vítima, ainda enlutada, viu algo próximo da justiça ser feito. Mas sabe como é: nada devolve quem se foi.

Do lado de fora do fórum, o alívio e a frustração se dividiam. Enquanto alguns respiravam aliviados pela condenação, outros questionavam a absolvição de Ribamar. A verdade é que processos assim nunca deixam todo mundo satisfeito — e talvez nem devessem.

O caso serve de alerta para crimes encomendados na região, que seguem acontecendo com frequência assustadora. Marabá, como outras cidades de porte médio, vive esse paradoxo: progresso econômico de um lado, violência organizada do outro.

Agora, os condenados ainda podem recorrer em liberdade? Não. Eles já estão presos e a execução penal deve começar logo. A defesa já sinalizou que vai apelar — porque no direito, assim como na vida, a última palavra nunca é de fato a última.