
Um juiz federal reconheceu publicamente ter cometido um equívoco ao determinar a libertação de um homem condenado por participar da destruição do relógio histórico durante os ataques de 8 de janeiro em Brasília. A informação foi confirmada pela Polícia Federal em relatório técnico.
O magistrado, cujo nome não foi divulgado, teria se baseado em uma avaliação incompleta do caso ao conceder a liberdade provisória ao acusado. O indivíduo faz parte do grupo que depredou o emblemático relógio da Praça dos Três Poderes, patrimônio cultural de valor incalculável.
Repercussão do caso
Segundo especialistas consultados, a admissão do erro judicial pode reabrir discussões sobre:
- Critérios para concessão de liberdade provisória
- Proteção ao patrimônio histórico brasileiro
- Responsabilização por atos antidemocráticos
A Polícia Federal destacou em seu relatório que o condenado apresentava "claro risco à ordem pública" e que sua soltura precoce poderia comprometer investigações em andamento sobre os eventos de 8 de janeiro.
Danos irreparáveis
O relógio destruído era uma peça centenária que marcava momentos importantes da história política do Brasil. Restauradores afirmam que parte dos danos causados são irreversíveis, mesmo com técnicas modernas de conservação.
O Ministério Público Federal já sinalizou que pode recorrer da decisão que determinou a soltura, agora reconhecida como equivocada pelo próprio juiz responsável. O caso deve seguir com novos desdobramentos nas próximas semanas.