
Imagine só: um sujeito que nem existia no mundo real, mas que aparecia religiosamente — com o perdão do trocadilho — nos holerites da Assembleia Legislativa de Goiás. Pois é, a Justiça acabou de desmascarar esse "funcionário fantasma" que, pasmem, usou o nome de um padre para sacanear o sistema.
O caso é tão surreal que parece roteiro de filme. O tal "empregado", que na verdade nunca botou os pés no prédio da Alego, foi "contratado" em 2015 e sumiu do radar em 2017. Só que nesse meio-tempo, o esquema rendeu — e como rendeu! — quase R$ 1,4 milhão em pagamentos indevidos.
Padre? Que padre?
Aqui vem a cereja do bolo: os investigadores descobriram que o golpista usou dados de um sacerdote de verdade para criar a identidade falsa. O religioso, coitado, nem desconfiava que seu nome estava sendo arrastado para essa roubada.
"É de cair o queixo", comentou um servidor que preferiu não se identificar. "A gente até brincava que tinha um colega invisível, mas nunca imaginamos que era verdade."
Contas não fecham
Quando o Ministério Público botou a lupa no caso, a farsa desmoronou feito castelo de areia:
- Nenhum registro de ponto ou assinatura em documentos
- Colegas de setor juraram nunca ter visto o tal funcionário
- Até o número de matrícula era estranho — sequer batia com a sequência normal
E o pior? O dinheiro sumiu feito mágica. A defesa do réu — que agora precisa desembolsar aquela fortuna toda — alega que ele era apenas "mais uma peça" no esquema. Só que, como diz o ditado, quem cala consente...
A sentença saiu pesada, e não é pra menos. Além da multa milionária, o fraudador ainda pode responder criminalmente. Enquanto isso, a Alego prometeu "aprimorar os controles". Tomara que dessa vez funcionem, né?