
Eis que a justiça, finalmente, marca seu encontro com Antonio Rodrigues Marques. O ex-vereador de Brasileia, no Acre, vai encarar um tribunal do júri no próximo dia 12 de novembro. A acusação? Homicídio qualificado — daqueles que não dão margem para dúvidas.
O caso, que já completa seis anos, remonta a 2019. A cena do crime? Puerto Quijarro, do lado boliviano da fronteira. Uma fronteira que, convenhamos, sempre foi mais conceitual do que física para muitos.
A defesa do ex-político — porque é claro que há uma — tentou de tudo para adiar o inevitável. Dois recursos foram engavetados pelo Tribunal de Justiça do Acre. A segunda tentativa, um agravo em execução, simplesmente não vingou. A justiça acreana, desta vez, não deu moleza.
Os detalhes que poucos contam
Marques não é nenhum novato no sistema. Ele já cumpriu pena em território boliviano — sim, você leu certo — pelo mesmo crime. Cumpriu parte da pena lá, foi liberado, e agora o Brasil resolveu fazer sua parte. Afinal, crime cometido por brasileiro no exterior pode — e deve — ser julgado por aqui também.
O Ministério Público Federal (MPF) assumiu a acusação. E olha, não foi sem trabalho. A defesa alegou que o processo prescreveu, mas o Tribunal não comprou a ideia. A data do júri foi mantida, e agora é aguardar novembro.
O que esperar do júri?
Bom, júri popular sempre é uma caixa de surpresas. Sete cidadãos comuns vão decidir o destino do ex-vereador. O crime é grave, a pena pode ser pesada, e a história — cheia de idas e vindas entre Brasil e Bolívia — promete.
Resta saber se a justiça, dessa vez, chegará a seu destino final. Ou se novos recursos surgirão como fantasmas no caminho. Novembro promete.