
O Tribunal de Justiça do Acre acabou de fechar um dos casos que mais deu o que falar na capital. Um ex-sargento do Exército Brasileiro, que já teve a farda e hoje veste a pele de réu, foi sentenciado a nove anos e quatro meses de cadeia – e olha que a história é pesada.
Tudo começou naquela noite de 14 de dezembro de 2022, num ponto específico da Avenida Ceará, em Rio Branco. O alvo? Um jovem estudante de medicina, com a vida pela frente, que mal podia imaginar o que estava por vir. O ex-militar, movido por uma razão que até hoje parece incompreensível, armou-se e partiu para cima do universitário.
O ataque que poderia ter terminado em tragédia
Agressão física e, pasmem, disparos de arma de fogo. O estudante, contra todas as expectativas, sobreviveu ao ataque – mas carrega as marcas, físicas e emocionais, até hoje. O processo, que correu em segredo de Justiça para proteger a vítima, juntou provas e mais provas contra o acusado.
E não foi por pouco. A Justiça considerou que ele agiu com dolo, ou seja, com a intenção clara de matar. Tentativa de homicídio qualificado, diz a sentença. E aí entraram na jogada as agravantes: uso de arma de fogo e – isso é crucial – a condição da vítima.
Condenação que vai além das grades
Além dos anos de prisão inicialmente em regime fechado, o ex-sargento ainda terá que pagar uma multa de 20 salários mínimos. Uma quantia que, convenhamos, não apaga o trauma, mas pelo menos tenta compensar parte do dano.
O que mais choca nesses casos, pra ser sincero, é o abismo entre a pessoa que um dia jurou proteger a nação e o autor de um crime tão violento. O que leva alguém a cruzar essa linha? A pergunta fica no ar, ecoando no tribunal.
A defesa, como era de se esperar, já anunciou que vai recorrer. A batalha judicial, portanto, ainda não terminou. Enquanto isso, o estudante de medicina tenta reconstruir a vida – e a fé na Justiça.