Tragédia em Castanhal: Empresário Executado a Sangue Frio na Frente das Filhas
Empresário executado na frente das filhas em Castanhal

A tarde de segunda-feira, 23, em Castanhal, no nordeste do Pará, transformou-se rapidamente em um pesadelo. Um cenário de violência extrema que vai marcar para sempre a vida de duas adolescentes. Por volta das 16h30, na Rua Antônio Carlos Farias, no bairro do Salina, um empresário local, de 41 anos, foi executado a tiros — e o pior: com as suas duas filhas, de 13 e 16 anos, testemunhando a barbárie de dentro do carro da família.

A polícia, claro, corre contra o tempo. A sensação é que os criminosos agiram com uma frieza de dar arrepios. Segundo as primeiras informações que colhi de fontes, o homem chegava de carro em casa, um HB20 de cor prata, quando foi surpreendido. Dois indivíduos, aparentemente em uma motocicleta, se aproximaram e efetuaram vários disparos. A precisão foi assassina. O alvo? Totalmente certeiro.

As meninas, em pânico absoluto, conseguiram, não sei como — a adrenalina é uma coisa louca —, sair do veículo e correr para pedir socorro. Imagina o desespero? O pai, baleado múltiplas vezes, ainda foi levado às pressas para o Hospital de Castanhal, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. Os bombeiros que atenderam a ocorrência confirmaram o óbito ainda no local.

O que a polícia está apurando — e o que é mistério

O delegado plantonista, Dr. Sérgio Roberto, registrou o caso como homicídio qualificado. A qualificadora mais óbvia aqui é meio cruel, né? Ter sido na frente das filhas. Isso torna tudo ainda mais revoltante. A perícia técnica esteve no local para coletar evidências — cápsulas de arma de fogo, possíveis imagens de câmeras de segurança da região —, tudo que possa levar até os executores.

A grande pergunta que fica no ar, e que todo mundo em Castanhal deve estar fazendo: qual foi o motivo? A gente sabe que execução assim, à queima-roupa, normalmente não é crime passional, é acerto de contas. Será que o empresário, que atuava no ramo de materiais de construção, tinha alguma rixa? Inadimplência? Envolvimento em algo mais pesado? A Polícia Civil, é claro, mantém o sigilo sobre a linha de investigação, mas acredito que o histórico da vítima vai ser minuciosamente vasculhado.

Um detalhe importante: a arma do crime ainda não foi localizada. Os bandidos fugiram e sumiram no mapa. O modus operandi, típico de assassinato por encomenda, deixa a população apreensiva. Quando o crime é encomendado, a sensação de insegurança é geral, pois significa que os mandantes continuam soltos por aí.

O trauma que fica

Para além do fato policial, há uma tragédia humana de proporções gigantescas. Duas jovens tiveram que ver o próprio pai ser brutalmente assassinado. O trauma psicológico é algo que vai exigir um acompanhamento especializado por muito, muito tempo. A família, arrasada, recebeu apoio da polícia e deve contar com assistência psicóloga.

É um daqueles casos que nos fazem questionar até onde vai a violência nesse país. A frieza de cometer um crime desses na frente de crianças... É de uma crueldade que chega a ser incompreensível. Castanhal, uma cidade geralmente tranquila, acorda hoje com um clima pesado. A população espera, ansiosamente, que a polícia tenha rapidez nas investigações e que os responsáveis por tamanha barbárie sejam punidos exemplarmente. A justiça, desta vez, precisa ser célere.