
Imagine a cena: um motorista de aplicativo desaparece, a família desesperada pede ajuda nas redes sociais, e centenas de corações bons — desses que ainda acreditam na humanidade — fazem doações via PIX para o suposto resgate. Só que... plot twist — era tudo armação. Agora, a Justiça de Alagoas deu um jeitinho de virar esse jogo.
O golpe do falso sequestro
O caso, que parece roteiro de filme B, aconteceu em Maceió no começo do ano. O tal motorista sumiu por dias, deixando mensagens dramáticas sobre estar sob ameaça. A comoção foi tanta que o PIX não parava de pingar — e olha que não era pouco, viu? Quando a polícia foi conferir a história, descobriu que o cara tava mais sequestrado que eu numa reunião de condomínio: inventou tudo pra ganhar dinheiro fácil.
Justiça dá cartada inédita
Eis que surge uma luz no fim do túnel (ou melhor, no fim do PIX). O juiz responsável pelo caso — que deve ter perdido a paciência com tanta cara de pau — determinou que os valores doados podem ser devolvidos. Isso mesmo: quem caiu no conto do vigário pode ter o dinheiro de volta. Mas calma, não é só clicar no "estornar"...
Segundo as investigações:
- Foram identificadas mais de 200 transações suspeitas
- Valores variaram de R$ 20 a incríveis R$ 5.000
- Parte do dinheiro já foi gasto pelo golpista em... adivinha? Apostas online
Como recuperar sua grana
Pra quem doou achando que tava salvando uma vida, aí vão os passos — meio burocráticos, mas vale a pena:
- Junte print das conversas onde o golpe foi divulgado
- Tenha em mãos o comprovante da transação PIX
- Registre um BO online ou na delegacia mais próxima
- Acione seu banco para tentar o estorno direto
Detalhe importante: o processo pode demorar mais que fila de INSS. Alguns bancos já avisaram que vão priorizar os casos com valores altos — porque, claro, o sistema sempre favorece quem tem mais.
E o golpista?
O "ator" dessa novela mexicana já está respondendo por estelionato e pode pegar até 5 anos de cana. Mas sabemos como é: justiça brasileira é igual molho de pimenta — às vezes arde, às vezes não. Enquanto isso, o caso serve de alerta: nas redes sociais, até desgraça fake vira trend.
Moral da história? Na próxima vez que vir um pedido de ajuda assim, respira fundo e investiga antes de sair transferindo. Como dizia minha avó: "De boas intenções, o inferno tá cheio — e o PIX também".