Delegado da PF Preso: Vida de Luxo, Anel de Noiva de R$ 200 mil e TH Jojas no Centro da Investigação
Delegado da PF preso por ostentar vida de luxo com anel caríssimo

Parece que a conta, finalmente, chegou. E com juros e correção monetária. Um delegado da Polícia Federal, aquele que deveria caçar os bandidos de colarinho branco, acabou algemado nesta quarta-feira (4) acusado de… pasme… agir como um. A ironia é tão grossa que dá para cortar com uma faca.

A operação, batizada de ‘Sequaz’, não veio do nada. A PF, numa reviravolta digna de filme, resolveu investigar um dos seus. E olha, a coisa não estava nada cheirosa. A ponta do fio veio de onde? Das redes sociais, claro! O tal delegado, baseado no Rio, simplesmente não conseguia se conter.

Era um festival de ostentação. Nos últimos tempos, sua vida nas redes parecia um catálogo de luxo. Mas não era um luxo qualquer, era daqueles que faz você franzir a testa e pensar: ‘como um servidor público consegue bancar isso?’. Pois é.

O Anel que Valia um Apartamento

Há poucas semanas – duas, para ser exata –, ele resolveu anunciar sua felicidade ao mundo. Noivado! Mas não foi um simples ‘sim’ com aliança de ouro. A futura esposa ganhou um solitário que, segundo as investigações, beira a casa dos R$ 200 mil. Duzentos mil reais! Você compra um carro zero, dá entrada num imóvel… o cara botou numa pedra.

E ele não fez por menos. Postou tudo, orgulhoso, para seus seguidores. Aí, meu amigo, já é pedir para o azar te encontrar.

E as Marcações Misteriosas

Mas o anel era só a cereja do bolo. A PF rastreou supostas mensagens dele marcando horário – isso mesmo, *marcando horário* – na TH Joias. Uma das joalherias mais famosas e caras do país. Não era um ‘vou passar lá’. Era um agendamento formal, como se fosse para uma reunião de negócios.

O que um delegado federal faria, em horário de serviço, marcando reunião numa joalheria de alto padrão? A pergunta, obviamente, é retórica.

O esquema, segundo as primeiras pistas, envolvia o desvio de recursos públicos que deveriam ir para… prepare-se… ações de inteligência e investigações. O dinheiro que era para prender traficantes e lavadores de dinheiro teria sido desviado para bancar o estilo de vida nababesco do próprio investigador.

A defesa do delegado, é claro, ainda vai se manifestar. Mas o Ministério Público Federal já tem as garras de fora. Ele foi preso preventivamente e vai responder por uma lista nada glamourosa de crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Sério, não dá para fazer uma seleção pior.

O caso é mais um daqueles que choca e, ao mesmo tempo, causa uma certa náusea. Enquanto o país debate salários de professores e a falta de verba para a saúde, um dos responsáveis por combater esse tipo de crime estava, aparentemente, metido até o pescoço na lama. A justiça, lenta como sempre, parece ter dado mais uma de tartaruga ninja desta vez. E pegou.