
Pois é, pessoal. A Câmara dos Deputados resolveu apertar o cerco — e como! — contra dois crimes que andam tirando o sossego dos brasileiros. A coisa ficou séria mesmo.
Numa votação que surpreendeu pela agilidade, os deputados deram sinal verde para um projeto que vai deixar a vida bem mais complicada para quem vive de receptar celulares roubados ou dar sumiço em combustível. E olha, não foi pouco não.
O que muda na prática?
Vamos ao que interessa. No caso da receptação de celulares, a coisa mudou de figura. Antes, a pena era de um a quatro anos de detenção. Agora? Bom, agora o negócio ficou pesado: três a oito anos de cadeia. Sim, você leu direito. Quase que triplicou a brincadeira — se é que se pode chamar de brincadeira.
E não para por aí. Se o receptador for daqueles que faz disso seu 'ganha-pão' — ou seja, se compra e revende como atividade constante — a pena sobe ainda mais. Aí já era: de quatro a dez anos. Dá pra sentir o drama?
E os combustíveis?
Ah, os combustíveis... esse assunto espinhoso que faz todo mundo torcer o nariz na hora de abastecer. Pois bem, o roubo de combustíveis também entrou na mira. A pena mínima subiu de três para cinco anos. A máxima? De cinco para nove anos. Quase o dobro, gente!
E tem mais um detalhe importante: se o crime for cometido por mais de uma pessoa (quadrilha, né?) ou usando arma, aí a coisa fica realmente feia. A pena pode chegar a doze longos anos atrás das grades.
Por que essa mudança agora?
Bom, todo mundo sabe — ou deveria saber — que receptação não é crime menor. É aquela velha história: sem quem compre, o roubo não compensa. É como cortar o mal pela raiz, ou quase isso.
E os combustíveis? Bem, não é segredo para ninguém que o roubo de cargas anda pelas alturas neste país. Aumentar a pena é tentar frear essa farra que no fim das contas quem paga é sempre o mesmo: o cidadão comum.
Parece que finalmente acordaram para o fato de que punição branda não assusta ninguém. Será que vai funcionar? Bom, isso só o tempo — e as estatísticas — vão poder dizer.
O projeto segue agora para o Senado. E aí, será que os senadores vão na mesma linha? Alguém duvida?