
Em um daqueles momentos que deixam até os mais experientes de boca aberta, Belo Horizonte virou palco de um drama familiar digno de roteiro de cinema. Só que, infelizmente, a história é real — e mais sombria do que qualquer ficção.
Imagine só: um advogado, acostumado a defender clientes nos tribunais, precisando tomar a decisão mais difícil da carreira. E não, não era um caso qualquer. O réu? Seu próprio filho, que acabara de confessar o assassinato de uma professora.
O peso da consciência
"Às vezes, a ética dói mais do que a lei" — essa poderia ser a frase estampada no escritório do profissional, que preferiu ficar sem nome nesta história. Ele, que já enfrentou casos complexos ao longo dos anos, não hesitou: largou a defesa do filho assim que soube da confissão.
Não foi falta de amor, muito menos covardia. O que pesou foi algo que muitos juristas carregam como segunda pele: o código de honra da profissão. "Como defender alguém que admite um crime tão brutal?", questionou um colega de tribunal, ainda atordoado com a decisão.
Os detalhes que arrepiaram a cidade
- A vítima era uma professora de 42 anos, querida na comunidade escolar
- O crime aconteceu na região centro-sul de BH, em plena luz do dia
- O filho do advogado, de 24 anos, teria agido por motivos passionais
O que mais chocou não foi apenas o crime em si — trágico, sim — mas a postura do pai. Num mundo onde lealdade familiar muitas vezes fala mais alto, ele escolheu o caminho menos percorrido. "Prefiro vê-lo preso do que mentir para a justiça", teria dito aos colegas, segundo fontes próximas.
Entre o tribunal e o coração
Psicólogos ouvidos pelo caso foram categóricos: situações assim são verdadeiras bombas emocionais. De um lado, o instinto de proteger a própria carne. Do outro, anos de profissão pregando que a verdade deveria ser sagrada.
E você? O que faria no lugar desse advogado? A pergunta ecoa nos corredores do fórum, onde o caso virou assunto obrigatório. Alguns o chamam de herói ético. Outros, de pai frio. A verdade? Provavelmente está no meio-termo — naquele lugar incômodo onde moram as decisões mais difíceis.
Enquanto isso, o filho aguarda julgamento. E o advogado, agora mais espectador que defensor, enfrenta o tipo de dor que nenhum código penal consegue descrever.