PRF Apreende Diamantes no Valor de R$ 1,2 Milhão em Rondônia: Suspeito Transportava Pedras em Ônibus Interestadual
PRF apreende R$ 1,2 mi em diamantes em ônibus em RO

Parecia mais um daquues dias comuns na BR-364, em Rondônia. O sol forte, o asfalto quente e o vai e vem de caminhões e ônibus. Mas uma abordagem de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF) rapidamente descambou para algo digno de um roteiro de cinema – e não era ficção.

Tudo aconteceu na tarde dessa terça-feira (2), num trecho da rodovia que corta o município de Cacoal. Os agentes, com aquele faro apurado que só anos de estrada dão, decidiram parar um ônibus que faz a linha interestadual. A conversa com os passageiros era tranquila, até que chegaram a um homem de 53 anos. Algo nele – talvez a nervura, um suor frio, um olhar esquivo – não bateu direito. Aquele sexto sentido policial acendeu a luz amarela.

E não é que a desconfiança estava mais do que certa? Durante a revista, acharam uma sacola de plástico aparentemente inocente. Só que dentro… meu Deus do céu. Não era comida, nem roupas, nem objetos pessoais. Era um verdadeiro tesouro: mais de 70 pedras de diamante bruto, reluzentes e de tamanhos variados.

O valor estimado dessa pequena fortuna? Algo em torno de R$ 1,2 milhão, segundo os peritos que avaliaram a carga. Uma quantia que, convenhamos, não é brincadeira. O suspeito, é claro, não soube – ou não quis – explicar a origem das pedras ou seu destino final. Ficou mudo, entregue à própria sorte.

Ele foi levado para a delegacia mais próxima, algemado e sob os olhares atônitos dos outros passageiros. A carga, obviamente, foi apreendida e se tornou a principal prova em um inquérito que agora tenta desvendar de onde saíram aquelas belezuras e para quem elas seguiam. A PRF trabalha com a hipótese de contrabando e extração ilegal – crimes tão antigos quanto lucrativos na região.

Não é a Primeira Vez, Nem Será a Última

Quem acompanha o noticiário de Rondônia sabe que a estrada é um corredor preferencial para esse tipo de negócio clandestino. Só neste ano, já foram várias operações do tipo. Mas essa, pela quantidade e pelo valor, é de cair o queixo. Ela expõe, de forma crua, uma ferida ainda aberta: a exploração ilegal de recursos minerais e a dificuldade de frear redes que agem nas sombras.

O que será do suspeito? Ele responde em liberdade, pelo menos por enquanto, mas as acusações são graves. O caso foi parar nas mãos da Justiça Federal, que agora tem a missão de destrinchar essa trama complexa. Uma coisa é certa: a PRF mandou um recado claro e alto. As estradas estão de olho.