Era pra ser mais uma blitz de rotina. Aquela coisa monótona de sempre na BR-470, em Santa Catarina. Mas o que os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram na tarde de terça-feira (3) foi algo que, convenhamos, ninguém espera ver num dia comum de trabalho. Um casal, um homem de 35 e uma mulher de 29 anos, transportando nada menos que 2,5 quilos de cabelo humano.
Parece piada, mas não é. A carga — sim, vamos chamar assim — estava acondicionada em vários pacotes. A explicação dada pelo motorista? Uma das mais esquisitas que um policial já deve ter ouvido: ele disse que os fios seriam usados para a produção de… perucas.
Mas peraí. Algo não fez sentido na história. A quantidade era grande demais para um uso meramente artesanal, e a origem do material — convenhamos — era no mínimo duvidosa. De onde veio tanto cabelo? Quem tira 2,5 kg de cabelo de forma legal? A PRF, é claro, não comprou a ideia.
O que se esconde por trás dos fios?
Investigadores suspeitam que o material apreendido não era destinado à confecção de perucas caseiras. O volume é compatível com um comércio ilegal — talvez até internacional — de madeixas humanas. E olha, o mercado clandestino de cabelo é mais complexo do que se imagina. Há toda uma rede que vai desde a coleta até a venda para confecção de extensões e perucas de alto valor.
O casal foi levado para a Delegacia da Polícia Civil em Brusque, onde o caso foi registrado como receptação. Agora, a polícia tenta descobrir a real origem dos fios e, claro, o verdadeiro destino de uma carga tão peculiar.
Não é todo dia que a PRF apreende algo assim. Armas, drogas, contrabando… até aí, tudo dentro do esperado. Mas cabelo O caso segue sob investigação. E o cabelo? Bom, o cabelo agora é prova criminal.
