Imagine só: um laboratório clandestino onde cientistas do crime manipulavam geneticamente cogumelos para criar uma versão ultra-potente que derruba qualquer um. Pois é exatamente isso que a Polícia Civil do Distrito Federal acabou de desbaratar.
Numa operação que parece saída de um filme de ficção científica, seis pessoas foram presas em flagrante — e olha que a história é bem mais complexa do que parece.
Não era só cultivo, era melhoramento genético
Diferente do que se possa imaginar, o grupo não apenas cultivava os fungos. Eles usavam técnicas de mutação genética para intensificar os princípios ativos alucinógenos. Sim, você leu certo: manipulação genética para deixar a coisa mais forte.
"A gente se deparou com um nível de sofisticação que não é comum", admitiu um delegado que preferiu não se identificar. "Eles estudavam, testavam, anotavam resultados... Parecia mais um projeto de biologia do que um crime."
A operação que revelou tudo
A "Operação Psilocybe" — nome que homenageia o gênero do cogumelo alucinógeno — foi deflagrada na quinta-feira (4) e seguiu até a madrugada desta sexta (5). Cinco endereços em São Sebastião foram vasculhados, e o que encontraram foi assustador.
Além dos cogumelos in natura, havia cápsulas, barras de cereal infundadas com a substância, e é claro: todo o material de laboratório para as tais mutações genéticas. Teve até notebook com dados de pesquisa, imagina só.
O esquema de vendas
Os produtos eram comercializados principalmente online, através de redes sociais e aplicativos de mensagem. Os compradores faziam pedidos, combinavam o valor — que variavam — e recebiam tudo via delivery ou correio.
Os investigados, aliás, não eram iniciantes. Dois deles já tinham passagem pela polícia por tráfico de drogas. Dessa vez, porém, elevaram o crime a um patamar tecnológico assustador.
Os seis presos serão indiciados por tráfico internacional de drogas — sim, internacional, porque havia envios para outros países — e associação para o tráfico. Agora, o material apreendido vai periciar para determinar a exata potência desses cogumelos mutantes.
Uma coisa é certa: a criatividade do crime não tem limites, mas a polícia também não está ficando para trás.
