Tragédia em Imperatriz: Júri Popular Decide Destino de Acusada por Ovos de Páscoa Envenenados que Ceifaram Vidas de Irmãos
Júri popular decide caso de ovos de Páscoa envenenados no MA

O que deveria ser uma celebração de renascimento transformou-se numa tragédia irreparável. Imperatriz ainda não se recuperou do choque – e agora o sistema judicial se prepara para escrever o próximo capítulo desta história dolorosa.

Dois irmãos, vidas interrompidas brutalmente durante a Páscoa de 2023. A alegria da data transformou-se em luto quando consumiram ovos de chocolate que, segundo as investigações, estavam contaminados com uma substância letal. Um crime que parece saído de um pesadelo.

A Justiça maranhense marcou para 22 de outubro o início do júri popular que decidirá o destino da acusada, Eliane Sousa Santos. Aos 47 anos, ela encara a acusação de duplo homicídio doloso – quando há intenção de matar. A defesa? Alega que tudo não passou de uma tragédia acidental.

Os detalhes que arrepiam

As investigações apontam que Eliane preparou os ovos de Páscoa e os entregou à família das vítimas. Horas depois, os dois irmãos – cujos nomes são preservados por respeito à família – começaram a passar mal. Muito mal. Correria para o hospital, desespero dos familiares, e depois… o silêncio devastador da perda.

O laudo pericial não deixou margem para dúvidas: envenenamento por substância tóxica. Os ovos foram recolhidos para análise e confirmaram o pior. Alguém havia misturado veneno ao chocolate.

O que diz a defesa?

O advogado de Eliane, num movimento esperado, construiu sua estratégia around da tese de acidente. Alega que sua cliente não teria motivo para cometer tal barbaridade. Questiona as evidências, naturalmente. Mas o Ministério Público parece ter construído um caso sólido – tanto que o tribunal aceitou a denúncia e marcado o júri.

É curioso como casos assim revelam o que há de melhor e pior na humanidade. De um lado, a dor incomensurável de uma família que perdeu dois entes queridos de forma tão cruel. Do outro, uma mulher que pode perder sua liberdade – ou provar sua inocência.

O julgamento promete ser um evento marcante na comarca de Imperatriz. O tribunal do júri – essa instituição tão brasileira – colocará cidadãos comuns frente a frente com um daqueles casos que parecem existir apenas em filmes policiais. Mas a dor é real, palpável, e ainda ecoa pelas ruas da cidade.

Resta saber se a verdade prevalecerá – e que tipo de justiça trará algum alívio aos que ficaram. Afinal, como se recuperar de uma perda tão absurda? O chocolate, símbolo de alegria infantil, transformado em arma mortal. Quem poderia imaginar?