Imagine só: era por volta das três da madrugada dessa quarta-feira (3) quando dois homens achavam que ninguém os via. Achavam errado. Santos e Jarros — sim, esses são os nomes — foram pegos com as mãos literalmente na massa, ou melhor, nos vasos. De cobre.
O cenário era sombrio, como não poderia deixar de ser: o Cemitério da Saudade, em Limeira, virou palco de um crime no mínimo esquisito. A dupla perambulava entre os túmulos, arrancando aqueles vasos metálicos que decoram as sepulturas. Coisa de cinema, mas tristemente real.
A polícia já estava de olho. Há tempos que suspeitavam de furtos na região — e não deu outra. Dessa vez, a vigilância deu certo. Os PMs chegaram silenciosamente e surpreenderam os dois ainda em ação. Não deu tempo de correr, nem de inventar desculpa.
“Eles nem perceberam que estávamos chegando”
Foi mais ou menos assim que um dos policiais descreveu a cena. Os homens estavam tão concentrados no serviço — porco, diga-se — que não notaram a aproximação. Quando viram, já era tarde. Aproximadamente 15 vasos já estavam amontoados, prontos para sumir dali.
Os dois, é claro, tentaram argumentar. Disseram que estavam apenas “recolhendo” itens que “jogariam fora”. Só que, convenhamos, quem mexe em coisa de cemitério de madrugada e ainda por cima esconde tudo numa mochila? Não cola.
Presos em flagrante, foram levados para a delegacia. Lá, a situação ficou ainda mais constrangedora. Descobriram que Santos, um deles, já tinha passagem pela polícia. Roubo, pra variar.
E agora, José?
Os vasos, avaliados em não menos que R$ 1,5 mil, foram recuperados. Vão voltar aos seus lugares — com um reforço na segurança, imagino. E os dois? Respondem por furto. A justiça, como sempre, segue seu curso.
É daquelas histórias que a gente lê e pensa: “sério que alguém faria isso?”. Pois é. Fizeram. E pagaram o preço — pelo menos por enquanto.
