
Parece coisa de filme, mas foi flagrado na vida real. Nesta sexta-feira, durante uma revista de rotina — daquelas que deixam todo mundo em suspense — no Presídio de Monte Alegre de Minas, acharam algo de arrepiar. Não era um simples papelote ou um pacotinho escondido na roupa. A jogada foi bem mais esperta, pra não dizer desesperada.
Os agentes penitenciários, com um faro apurado, interceptaram diversos chinelos que, ao serem inspecionados, revelaram um recheio no mínimo inusitado: drogas. Sim, você leu direito. As solas foram abertas, preenchidas com a substância proibida e depois coladas com uma precisão que impressiona — e preocupa.
Quantidade? Ainda não fecharam a conta, mas não era pouca. Maconha e crack, segundo os primeiros levantamentos. O suficiente para movimentar um mercado negro que, infelizmente, teima em persistir atrás das grades.
E não parou por aí. Junto com o carregamento calçadista, também apreenderam celulares — itens tão proibidos quanto perigosos nesse contexto. A pergunta que não quer calar: como isso tudo foi parar lá dentro? A investigação, claro, segue aberta. Suspeita-se, é claro, de que a entrega tenha ocorrido durante visitas. Alguém, do lado de fora, achou que passaria despercebido.
O caso joga um holofote brutal sobre os métodos cada vez mais criativos — e arriscados — usados para introduzir ilegalidades nos presídios. Se antes era na sola do pé, agora é no solado do chinelo. A criatividade do crime, parece, não tem limites.
Para as autoridades, a descoberta é ao mesmo tempo uma vitória e um alerta. Mostra que a vigilância está funcionando, mas também evidencia a necessidade de constante evolução das técnicas de revista e monitoramento. Eles estão sempre um passo à frente, tentando encontrar a brecha. O trabalho de fechá-las é diário e exaustivo.
O presídio, que já vive sob tensão constante, agora deve apertar ainda mais o cerco. Quem paga o pato, no fim das contas, são os familiares que fazem visitas legais e precisam ser revistados com ainda mais rigor. Uma situação delicada que reflete um problema muito maior.