Às vezes, é aquele cheiro no ar, aquele incômodo que teima em não passar, que desencadeia os eventos mais sinistros. Foi exatamente assim, por uma suspeita movida a puro instinto – e um fedor que já vinha há dias –, que um cidadão do Parque Residencial Damha III se viu no meio de uma cena de terror.
Imagina a cena: não aguentando mais o odor forte e doentio que vinha de um terreno vizinho, abandonado e cheio de mato, ele resolveu dar uma olhada. Quem nunca, né? O que era para ser uma simples verificação se transformou num pesadelo. Lá estava, escondido pela vegetação, um corpo humano em estado avançadíssimo de decomposição. A polícia não soube dizer, a princípio, nem se era homem ou mulher. O visual era tão forte que o coitado do morador mal conseguiu articular palavras.
O pessoal da 1ª Delegacia de Polícia de Piracicaba chegou rápido no local, lá pela Rua Antônio Pegorari, e isolou tudo. A perícia técnica fez aquele serviço minucioso, coletando cada mínimo indício que pudesse contar a história daquela pessoa. Agora, a grande pergunta que paira no ar, mais densa que o próprio cheiro que iniciou tudo: quem era essa alma? E, claro, o que diabos aconteceu com ela?
As hipóteses são as mais variadas. Será que foi um acidente? Algo natural? A polícia, é claro, trabalha também com a possibilidade de crime – não se descarta nada numa situação dessas. O IML (Instituto Médico Legal) ficou encarregado de tentar tirar algumas respostas do corpo, através dos exames de praxe. Sabe como é, a ciência tentando falar por quem já não pode.
Enquanto os detetives batem ponto, fuçando pistas e conversando com outros moradores da região para tentar montar esse quebra-cabeça macabro, a vizinhança ficou em choque. É aquela sensação de insegurança que vem com uma descoberta dessas, um misto de medo e curiosidade. O caso segue sob total sigilo, investigado a fundo para, quem sabe, trazer um pouco de clareza – e justiça – a esse episódio tão triste e sombrio.
