
Quem diria que o herói da série mexicana dos anos 70 se tornaria uma arma secreta no combate ao crime organizado? Num lance digno de roteiro de cinema — mas absolutamente real —, um agente da Divisão de Investigação de Crimes de Alta Complexidade (Diviac) do Peru decidiu que o melhor disfarce para desmantelar um ponto de venda de drogas seria... nada menos que o icônico Chapolin Colorado!
A cena, que mais parece pegadinha de programa de TV, aconteceu no distrito de San Martín de Porres, em Lima. Enquanto traficantes esperavam clientes comuns, se depararam com a silhueta inconfundível do "mais rápido que uma tartaruga" herói. Só que desta vez, em vez de "Não contavam com minha astúcia!", veio a ordem de prisão.
Operação surpresa com toque de humor
O vídeo — que já viralizou nas redes — mostra o momento em que o policial, de capa vermelha e martinho de brinquedo na cintura, se aproxima do local. Os criminosos, entre perplexos e desconfiados, hesitam por segundos cruciais. Foi o suficiente para que outros 15 agentes, que estavam escondidos nas proximidades, avançassem.
"Quando vi o Chapolin achei que era zoeira, até sentir o braço do PM no meu pescoço", contou um dos detidos — que obviamente não esperava por aquela astúcia.
Resultados da ação
- 5 pessoas presas em flagrante
- Diversas porções de pasta básica de cocaína apreendidas
- Armas brancas encontradas no local
- Celulares e dinheiro usado nas transações confiscados
O coronel Walter Palomino, chefe da Diviac, explicou que a escolha do disfarce foi estratégica: "Precisávamos de algo que distraísse e causasse confusão momentânea. E funcionou melhor que que qualquer abordagem convencional".
Nas ruas de Lima, a reação dos moradores foi de espanto misturado com diversão. "Só no Peru mesmo para ter dessas", comentou uma senhora que preferiu não se identificar. Já os fãs do herói mexicano comemoraram nas redes sociais — alguns até sugerindo que Roberto Gómez Bolaños, criador do personagem, estaria rindo no céu com a homenagem involuntária.
Resta saber se essa tática incomum vai virar moda entre as forças policiais da região. Afinal, como diria o próprio Chapolin: "Tudo bem, tudo bem, não precisam me agradecer!"